terça-feira, 6 de outubro de 2009

Bloddy Sunrise

Ao chegar na cena do crime, Mary decidiu despistar o detetive Ayres e seu parceiro bonitinho. Deu uma última olhada em ambos, que conversavam entre si, falando sobre o assassinato, provavelmente. A arqueóloga virou a primeira esquina, deixando as viaturas e ambulâncias bem atrás de si e de quebra, sumindo da vista do detetive.
Ao entrar em seu carro, que havia sido estacionado bem na porta do prédio onde trabalhava (enquanto estava no elevador, ligou para Coreen tirar seu carro da garagem e deixa-lo na porta da frente). Como ela prevera, a chave reserva estava na ignição, outro sinal de que Coreen havia passado por lá.
A morena ajeitou-se no banco, girando a chave e manobrando o carro para a esquerda. O endereço que o rapaz lhe dera já estava na memória de seu GPS, que lhe indicava o caminho com uma voz robótica feminina. A música que estava ouvindo era a trilha sonora do filme favorito de James, 007 Cassino Royale, a versão mais recente, com aquele ator britânico. Só de lembrar da vez que foram ver o filme no cinema, a arqueóloga sentia uma imensa dor em seu coração, como agulhas e alfinetes perfurando-a por dentro, deixando feridas abertas que não cicatrizariam tão cedo. Não, aquilo tinha que parar, aquele ódio ia mata-la, mesmo que o assassino de James não o fizesse, o sentimento o faria sem pestanejar nem por um milésimo de segundo.
Como se por um milagre, o trânsito não estava impossível. Alguns carros estavam parados na outra pista, mas nada muito grave. De uma coisa ela tinha certeza: se for pra ficar naquele estado de depressão, teria que ser com estilo, e mudou a música que tocava em seu rádio, colocando sua banda favorita no último volume: Nirvana.
O caminho até aquele bar seria longo e cansativo. Tinha quase certeza que o tanque de álcool estava cheio, pois o carro não morrera nenhuma vez durante o caminho.Virou a esquerda e viu a longa estrada vazia à sua espera.
(...)

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