domingo, 30 de agosto de 2009

Impaciência

Observações: Os personagens de Supernatural são do Eric Kripke e da CW. Os personagens de Hellblazer são da Vertigo.
Fic para Jill :D

O céu nublado era deprimente. As nuvens de tom acinzentado não deixavam nem mesmo uma única brecha de luz solar passar, como se fosse uma espécie de cortina cinzenta. Em Boston, em uma das muitas sedes do FBI, uma agente especial passa as mãos no pescoço, apoiando os cotovelos na mesa de vidro, cheia de papeis espalhados por todos os lados. As paredes, brancas como marfim em excelente estado, cobertas por murais, cada um com várias fotos dos mesmos indivíduos. Um rapaz de cabelos castanhos, um rosto com feições levemente infantis, os belos olhos castanhos esverdeados a fitavam imóveis no mural e havia um nome, na parte de madeira do mural: Samuel Winchester.
A agente voltou seus olhos para o segundo mural, perto da porta. Outro rapaz, de encantadores olhos verdes, feições malandras e um jeito clássico de ser paquerador, como ela bem sabia. Na parte de madeira, o nome Dean Winchester era visível.
- Jill?
A moça fungou com a cabeça apoiada na mesa. - O que foi? - Perguntou de mau humor.A garota que batera gentilmente na porta, colocou uma prancha em cima da mesa, arrumando a saia preta até os joelhos e sentando-se na cadeira na frente de Jill. - Você não me parece muito bem, Jill. Precisa tirar umas férias.

A agente levantou a cabeça, franzindo o cenho, fitando a moça ruiva de cabelos enrolados. O rosto rosado com poucas sardas franzia o cenho observando-a com uma expressão cautelosa. - Marie, não vou tirar férias coisa nenhuma, preciso colocar os Winchesters atrás das grades. Se não fizer isso, eu vou acabar enlouquecendo.
Marie empurrou a prancha para o outro lado. - Qual a razão de pegá-los Jill? Eles não me parecem perigosos.

Jill riu amargurada. - Você só pode estar brincando. - E tirou uma pasta com vários arquivos de sua mesa. - Eles falsificam identidades, violam túmulos, um deles (e fuzilou a fotografia de Dean) tem duas acusações de homicídio. Sem contar que eles foram presos duas vezes e fugiram.

A ruiva contraiu os lábios. - Jill, você está a seis meses nesse caso e não conseguiu pegá-los. Por que é tão obcecada com isso?

A loira riu baixo, uma risada forçada. - Imagine o quanto eu irei receber quando os pegar? Qual é Marie! Nem mesmo o Vitor conseguiu pegá-los. E aposto o que você quiser que ele foi morto por causa deles. Provavelmente eles tinham um plano para matá-lo por que estava na cola deles.

-
Jill, pare. - Disse Marie compreensiva. - Há quanto tempo você não sai com a gente?
Jill por favor. Até o Aaron sente sua falta. Venha.
A loira deu um sorriso amarelo. - Aaron sente minha falta? - a Indagou. - Talvez você tenha razão. Quer saber, hoje vou sair com vocês, o que me diz?

Marie abriu um largo sorriso. - Que ótimo Jill. Talvez o Phillipe possa te dar umas férias, já que faz um tempão que você não sai dessas maldita sede. O que me diz?

Ela assentiu, se levantando rapidamente de sua cadeira e indo com a ruiva até a sala de Philipe. O chefe de Jill trabalhava há vinte anos na divisão do FBI, nunca teve muitos amigos. Era divorciado, tinha dois filhos. Um dos homens que tinha mais poder na divisão era Philipe.
Jill bateu na porta de madeira onde havia a placa com o nome de seu patrão. – Entre. – Disse uma voz gutural e rouca. A agente abriu a porta, cumprimentando seu patrão com um aceno da cabeça.
- Capitão, eu estava pensando em tirar umas férias curtas, de umas duas semanas.
Philipe a fitou, colocando a caneta em cima do papel que fazia anotações. Não tinha uma expressão furiosa. – Seria muito bom, agente Valentine. Não se preocupe com nada, ninguém irá mexer em seus trabalhos. Vai ficar tudo do jeito que está.
Jill deu um breve sorriso, apertando a mão de Philipe. – Obrigada, senhor. – E deixou a sala.
Do lado de fora, Marie a esperava. – E então?
Jill sorriu. – Te vejo em duas semanas, Marie. – E foi até sua sala, pegar a bolsa e seu casaco. – Acho que vou viajar um pouco.
- É uma ótima ideia. Bom, te vejo em duas semanas. – E sorriu, pegando sua prancha, correu atrás de Aaron. – Aaron! Aaron!
A agente decidiu não dizer nada, pegando o elevador e indo até o térreo. Não ia para casa, ia diretamente para o lugar onde a vida dos Winchesters começara e tivera um final trágico: Lawrence, Kansas. Ligou seu Nissan Versa e pegou a interestadual. De Boston para Lawrence demorava quase um dia. Jill comprimiu os lábios, pensando no tanto de gasolina que ia gastar até chegar lá.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sr. Morpheus e o destino de Mary

Obs: O personagem Morpheus pertence à Neil Gaiman, assim como o Reino do Sonhar e algumas outras cositas mas ;D
* Mary é personagem original.

Em seu apartamento, ela sonha. Que lugar é esse? Parecia-se com uma floresta, só que as árvores tinham aspectos estranhos, como se fossem feitas de uma coisa gelatinosa. Continuou andando. As árvores fechavam o caminho atrás dela, abrindo novos caminhos por entre a floresta que ela considerava escura.
Um ponto luminoso surgiu em sua frente, como se lhe mostrasse o caminho por entre a escuridão. Viu rostos grotescos marcados nas árvores, como se observassem o lugar com atenção. Passou por criaturas não formadas, como uma plateia. Uma das criaturas, parecia-se humana e esboçou um sorriso, tirando seus óculos de sol, revelando que não possuia globos oculares, e sim, uma espécie de boca.
Assustou-se, continuou a seguir o ponto luminoso que a guiou para um tipo de castelo, guardado por duas estátuas gigantes de mármore (ou pensava ela que era isso). Passou pela porta, seguindo o ponto luminoso até algo muito similar a um saguão. Ela não tinha certeza se estava sonhando ou se estava acordada, parecia algo vívido demais. Ouviu um eco de grito e, rente a seu corpo, algo muito parecido com um ser humano passou voando em uma vassoura, equilibrando uma pilha de livros na ponta da vassoura.
Balançou negativamente a cabeça, voltando a andar pelo lugar. Passou por uma porta de madeira azul com uma placa "biblioteca dos sonhos. Lucien". Ignorou veemente a possibilidade de estar sonhando. Quando, de uma hora para a outra, todo o lugar mudou. Dando espaço à um tipo de grande salão, onde havia um trono bem no final (ou seria no começo?). Havia um homem sentado lá. Era alto e magrelo, quase desnutrido. A pele era tão branca que era possível ver o outro lado através dela. Usava roupas pretas, largas. Seus olhos eram pretos com a noite mais sombria, com as orbes brilhantes como as estrelas.
- Olá. - Disse com uma voz rouca, estranha. - Como chegou aqui?
- Eu não sei... - Gaguejou. - Segui uma luz, eu acho.
O homem resmungou baixo algo que ela não compreendera. Seus olhos brilhantes examinaram a visitante. - Entendo... Alguns mortais tem a capacidade de fazer isso, passar de sua parte do Sonhar e explorar o que tem além de sua própria consciência. Não são muitos mortais que conseguem fazer isso... Você foi a terceira.
- Então... - Compreendeu imediatamente. - Você é o homem dos sonhos?
Ele não esboçara nenhum sentimento. - É um dos meus nomes.
- Quando posso ir embora? - Perguntou-lhe.
- Quando quiser.

Em seu apartamento, ela acorda em sua cama, o peito subindo e descendo rapidamente.
- Você está bem? - Perguntou uma voz que ela conhecia bem.
- Estou. - Respondeu. - Pode me abraçar?
Ele sorriu, passando seus braços ao redor dela. Os dois continuaram abraçados durante a noite. Ela, Mary, mal sabia o que o Destino lhe reservara.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bruxas e Anjos

Obs: Final de Bruxas e Anjos =D

TOC TOC.
As três irmãs se entreolharam, intrigadas. Piper foi atender a porta, tomando um breve susto seguido de um surto quase psicótico ao reconhecer o homem parado na porta, fitando-a com interesse.
- Ca...Castiel? – Gaguejou Piper.
- Olá Melinda. Ou melhor, Piper. – Disse o anjo. – Onde ela está?
- Quem? – Perguntou Piper.
- Claire.
- Ah... Aqui dentro. Entre. – Disse abrindo espaço para o homem, que antes tinha uma expressão sensível e amigável, mas naquela hora, os lindos olhos azuis mantinham uma expressão fria.
Castiel passou sem dar a menor atenção a Piper, que o fitou deprimida. Ele parou, fitando Leo, Paige e Phoebe sentados em cadeiras, perto do sofá onde Claire estava dormindo.
- Não perguntarei o que aconteceu. – Disse Castiel com frieza, colocando a menina desmaiada em seus braços, dirigindo-se até a porta da frente.
- Castiel? – Indagou Piper.
- O que é?
- Eu sinto muito por ter mentido para você. – Disse encostando-se no batente da porta.
- Não me importa. – Respondeu friamente. – Nunca mais irá me ver.
Piper o fitou, triste, mas assentiu e fechou a porta.

Castiel abriu os olhos, olhando o lugar onde estava. Era um hotel, escuro, não muito organizado. O anjo voltou seus olhos azuis para a menina que segurava nos braços, notando que ela começara a se mexer.
- Você está bem? – Perguntou o anjo.
Claire piscou algumas vezes, passando os braços em volta do pescoço do anjo. – É. Estou bem, obrigada. – Disse observando a expressão cautelosa de Cas, que a colocou no chão. Claire o fitou por alguns segundos, ouviu um barulho de asas e ele sumira.

Castiel fora para o alto do prédio, fitando sem interesse os primeiros raios solares. Os olhos azuis ainda mantinham a expressão fria e cautelosa.
- Cas?
- Olá Anna. – Respondeu desinteressado.
- O que aconteceu com você? – Perguntou ficando ao seu lado.
- Nada. – Respondeu Castiel. – Por quê a mandou para São Francisco?
- Por duas razões. Primeira: você precisava ver Piper novamente. Segunda: Claire precisava saber que existem bruxas boas. – Argumentou Anna.
- Não precisava vê-la novamente. – Teimou Castiel. – Vá embora.
Anna o fitou, soltando um longo suspiro, desaparecendo.

Castiel voltou para o hotel, sentando-se no capô do Impala. Pensava sobre tudo o que fizera até aquele momento. Perguntava-se se Anna estava certa, mas logo, expulsava esses pensamentos de sua mente, pois tinha coisas mais importantes para fazer. Viu os Winchesters de longe, saindo do hotel. Sorriu brevemente, ao notar que Claire não havia lhes contado sobre o que acontecera no dia anterior. Antes que eles chegassem, Castiel foi embora.

Em São Francisco, Piper fitava a janela, um pouco deprimida. Virava as páginas do Livro das Sombras, procurando por uma poção de derrota.
- Piper, o que está fazendo? – Perguntou Phoebe sentando-se ao lado dela.
- Lendo um pouco. – Respondeu.
- Acha que ele voltará aqui? – Indagou passando o braço no ombro da irmã.
- Não sei. Talvez.
As duas irmãs ficaram sentadas no sofá, vendo as figuras do Livro das Sombras. Elas não sabiam, mas Castiel estava no telhado, observando-as de longe.

Bruxas e Anjos

- Olá meninas.... – Disse um homem se materializando do nada. Claire já tinha tomado muitos sustos com os demônios que apareciam do nada. – Vocês destruíram três demônios muito bons.
- É, acho que ferimos seus sentimentos. – Comentou Piper sarcástica. – O que você quer, Cole?
O homem voltara seus olhos azuis cintilantes para Claire, que tentava organizar tudo que sabia sobre demônios. – Uma protegida? – Perguntou irônico.
- Vai dizer o que quer ou está difícil? – Perguntou Paige.
- Quero falar com a Phoebe, sozinho. – Advertiu o homem.
Piper e Paige se entreolharam. Piper puxou Claire pela mão, levando-a até a cozinha, sendo seguida pela irmã e Leo.
- Posso perguntar quem era? – Indagou Claire confusa.
- O nome dele é Cole. É o demônio braço direito da Tríade. Namorou a Phoebe há algum tempo. Depois que descobrimos que ele era demônio, a Phoebe não quis chuta-lo. Estão noivos, falando nisso. – Disse Paige.
- Ela vai se casar com um demônio?!
- Eu sou casada com ele. – Disse Piper apontando para Leo. – Há dois anos.
- Uau. – Exclamou a menina. – Seria uma boa ideia eu ir embora?
- Paige, orbite a Claire lá para fora por favor. Volte quando quiser, Claire. – Disse Piper.
- Ah, tá bem. – Disse a menina.
- Segure na minha mão. – Disse Paige estendendo a mão para ela.
Segundos depois, Claire estava do lado de fora, de mãos dadas com a irmã de Piper. – Se precisar, volte. – Disse a moça orbitando de volta para a casa. Claire fitou a casa por alguns segundos, já tinha entendido parcialmente sobre as bruxas que acabara de conhecer. Eram legais, pensou ela, uma pena que Cas não irá poder namorar uma delas, pensou um pouco amargurada.
- Caçadora não é?
A garota se virou ao ouvir o homem falar. Era parecido com o que as irmãs tinham destruído. – Veja se aguenta com isso. – E atirou uma bola de energia na direção dela, que pulou no chão segundos antes de acerta-la.
O demônio fez outra bola de energia, e atirou novamente, não acertando por um centímetro. Claire se levantou, levemente abalada e começou a correr, dando de cara com o demônio chamado Cole.
- Não gostamos de gente do seu tipo. Caçadores. – Disse Cole sorrindo. Usava um terno escuro, com uma camisa vermelha por baixo. Poderia ser confundido facilmente com um advogado ou executivo. O demônio fez um movimento com o dedo indicador, jogando Claire contra a porta da casa das irmãs.
A garota bateu a cabeça, fazendo um barulho alto. Dois segundos depois, Piper abriu a porta, chamando por Leo imediatamente.
- O que acha, ataque de demônio? – Perguntou Phoebe abalada observando enquanto Leo carregava a visitante até o sofá.
- Ela está bem. Só está desacordada. – Argumentou o anjo, curando o machucado na cabeça da menina.
TOC TOC.

Bruxas e Anjos

Observações: Continuação ;)

Claire ficara momentaneamente em choque ao ver a figura de negro atirar uma bola de energia em Melinda, que a congelou segundos antes de acerta-la. Alguns segundos depois, as duas irmãs de Melinda desceram as escadas, uma delas, disse algo parecido com “bola de energia” e o objeto virara uma espécie de luz azul, que fora jogado diretamente no peito do homem, que perdeu o equilíbrio momentaneamente, dando tempo para Phoebe atirar um vidrinho com um líquido azul escuro no homem, que segundos depois, se desmaterializou em fogo, desaparecendo. As duas irmãs voltaram seus olhos para a visitante, que ainda encarava o lugar onde o homem de negro estava.
- Ops... – Disse a moça de blusa rosa.
- Ah meu deus... – Disse Phoebe correndo em direção à cadeira onde Claire estava. – Hey, oi, Terra para Claire. Você está bem?
Claire ainda estava levemente chocada com o que vira, mas voltou seus olhos para Phoebe. – Sim, estou bem. – Respondeu com naturalidade. – O que era aquilo?
- Era...Hum...Ah... – Gaguejou Phoebe.
- Era um demônio. – Respondeu Melinda.
- Piper! – Censurou a moça de blusa rosa.
- Piper? – Perguntou Claire confusa.
Piper sorriu ironicamente para a moça de blusa rosa. – Valeu mesmo Paige. – Disse zangada. – Claire, primeiro: meu nome é Piper, sou uma bruxa. Segundo: disse ao Castiel que me chamava Melinda para protege-lo. Terceiro: Nós três somos bruxas, somos as Encantadas. Humanas que nasceram para proteger a humanidade contra os demônios e as outras pragas do submundo.
- Espera aí, quer dizer que vocês lutam contra demônios?! – Perguntou Claire mal acreditando.
- Na maior parte do tempo. Phoebe, sua cabeça está sangrando um pouquinho. – Disse Piper. – Leo!
No momento em que Piper gritara, uma luz azul se materializara perto da escada. Um homem loiro de uns trinta anos, de camisa branca com calças jeans azul escura sorriu de leve ao vê-las, mas ficou aterrorizado ao colocar os olhos em Claire.
- Ah... – Gaguejou.
- Cure primeiro e pergunte depois. – Disse Phoebe apontando para a cabeça. O homem colocara uma das mãos na cabeça dela, fazendo com que a ferida se fechasse e o sangue sumisse.
- Piper... – Recomeçou Leo.
- O quê? – Indagou a moça.
- Podia ter me avisado sobre ela – E indagou Claire com a cabeça. – Não orbitaria aqui dentro.
Claire não sabia se perguntava como ele fazia aquilo ou se fazia um interrogatório sobre demônios, seu cérebro não fazia distinções naquele momento. – Ah... Ele é o quê? – Perguntou a menina.
- Nosso anjo. – Respondeu Paige.
- E ex-marido da Piper. – Acrescentou Phoebe,
- Mas... Ela disse ao meu tio que o marido dela tinha morrido em um acidente de avião em Boston. – Disse Claire.
- Que criativa... – Ironizou Leo.
- Fique quieto. Claire, olha, eu não podia dizer a ele que era uma bruxa que lutava contra demônios e tinha um anjo da guarda. Ele não acreditaria. Então, resolvi criar a Melinda, uma viúva de Boston que perdera o marido em um acidente de avião. – Argumentou Piper.
- Tudo bem. Agora é a minha vez. – Disse a menina erguendo o dedo indicador. – Primeiro: meu nome é Claire, não sou bruxa, sou caçadora. Segundo: ajudo meus irmãos a caçar demônios, fantasmas, bruxas que saem da linha, criaturas e outras coisas. E meu irmão mais velho acabou de passar quatro meses no inferno e voltou de lá.
As irmãs se entreolharam, um pouco confusas pelo que a menina havia lhes contado. Leo olhava para as irmãs pedindo por apoio.
- Caçadora? – Perguntou Paige depois de alguns minutos.
- É.
- Pensei que não houvesse mais caçadores. – Comentou Paige se se encostando à parede.
- Existem. – Argumentou Leo. – Não são muitos, mas existem. Alguns deles se especializam em um único tipo de criatura. Que tipo de coisas você caça?
- De tudo. – Disse a menina. – Não escolhemos, apenas pegamos o que vier.
- Hum... – Disse Piper pensativa.
As irmãs e o anjo fitaram a visitante por alguns momentos, todos pensativos. Claire olhou ao seu redor, intrigada. – Ah, eu...Acho melhor eu ir... – Disse levantando-se da cadeira.

Bruxas e Anjos

Obs: Continuação ;)

Claire fitou a casa. Aparentemente, os moradores estavam na sala, vendo televisão. Sorrateiramente, bate na porta com delicadeza. Ouviu alguns passos descerem as escadas e o barulho de uma chave girando na maçaneta.
- Oi – Disse a moça. – Posso ajuda-la?
- Ah...Sim, eu estou procurando pela Melinda, ela mora aqui? – Perguntou Claire.
- Mora. Entre. – E abriu espaço para a menina passar. – Qual o seu nome? – Perguntou fechando a porta.
- É Claire. – Respondeu.
- Olá Claire, sou a Phoebe. Irmã mais nova da Melinda. Sente-se, vou chamá-la. – Disse Phoebe hospitaleira.
Claire assentiu, sentando em uma cadeira. Era uma casa muito bonita, as paredes tinham um tom amarelo bem claro, que podia ser confundido com branco, a mobília era de estilo vitoriano, marrom escura, cheia de detalhes entalhados. Havia um relógio antigo perto da parede. Discretamente colocado encostado na parede, para não atrair muita atenção. Um belo lustre pendurado no teto, parecia antigo, pensou ela. As escadas eram de madeira, sem muitos detalhes.
- Hey. Desculpe pela demora. Aceita tomar alguma coisa? – Perguntou Phoebe.
- Ah, não, obrigada. – Disse Claire. – Tem uma bela casa. – Comentou com um breve sorriso.
- Obrigada. Minhas irmãs é que cuidam de tudo por aqui. – Respondeu Phoebe. – Sou meio que uma inútil.– Comentou.
- Hum...
- Ah, a Melinda está um pouco ocupada agora... Se quiser espera-la, fique a vontade. – Disse Phoebe com um sorriso. Ela parecia estranha, como se quisesse ir logo lá para cima.
- Ah, ok. – Respondeu Claire.
Phoebe assentiu, andando rapidamente em direção às escadas. Phoebe era miudinha, cabelos curtos castanhos escuros, olhos da mesma cor. Usava uma calça jeans com uma blusa branca com uma estampa de cor laranja e botas de cor marrom com um salto quadrado.
Enquanto esperava, resolveu ficar observando a televisão que estava ligada no canal de notícias. A repórter dizia que três bebês recém-nascidos tinham sido sequestrados da maternidade por uma das enfermeiras. Claire voltou a fitar o lustre no teto, sentindo-se entediada.
No andar de cima, Melinda e suas irmãs mantinham um homem aprisionado em um tipo de armadilha com três pedras brancas, que formavam um triângulo. O homem, de roupas pretas e olhos mais pretos ainda, batia de frente com a armadilha, grunhindo de ódio todas às vezes.
- Nos diga onde está e te soltamos. – Disse uma moça de cabelos castanhos, pálida de olhos escuros. Usava uma blusa rosa com calça jeans e botas de salto.
- Até parece... – Ironizou o homem.
- Phoebe. – Disse uma outra moça, de cabelos castanhos, olhos amendoados que usava uma blusa vermelha com calça jeans e botas.
Phoebe atirou um frasco com um líquido de cor azul marinho, destruindo o homem, que deu um grito baixo de agonia e se desmaterializou.
- Piper, tem uma garota perguntando por você lá em baixo. Pedi a ela que esperasse. – Disse Phoebe.
- Qual o nome dela?
- Claire. Não fiz mais perguntas. – Respondeu a moça.
- Ok, ah, limpem aqui. Eu vou ver o que ela quer. – Disse Piper descendo as escadas.
Claire estava quase desistindo, quando ouviu barulho de passos na escada.
- Desculpe por demorar – Disse a moça. – Sou a Melinda.
- Ah, oi. – Falou Claire. Castiel realmente tinha bom gosto, pensou rapidamente, voltando sua atenção para a moça.
- Então... Sobre o que queria falar comigo?
- Bem, ah, meu...Tio, Castiel, falou com você há algum tempo, certo? – Perguntou Claire no tom mais convincente que podia.
A moça a fitou, mordendo o lábio inferior. – Sim. – Respondeu ela. – Há alguns meses eu o conheci no parque.
- Hum... Ah, você gostaria de vê-lo de novo? – Perguntou Claire, juntando as mãos no colo.
Melinda mordeu o lábio novamente. – Olha, Claire, eu gostaria, muito mesmo mas eu não posso. – Disse.
- Eu entendo. – Respondeu a menina compreensiva quando um homem se materializara do absoluto nada à sua frente.

Bruxas e Anjos

Observações: Fic dedicada para Ágatha. Mana te adoro.
*Os personagens de Supernatural e Charmed não me pertencem. Supernatural pertence a Eric Kripke e Charmed pertence a Constance M. Burge.

Claire estava sentada no alto de um prédio, fitando as luzes dos carros com um olhar meio perdido.
- Por quê está aqui em cima, Claire? – Perguntou-lhe uma voz.
A garota parou de fitar as luzes, voltando seus olhos para o homem de sobretudo parado ao seu lado. Ele fitava o céu alaranjado,
- Por nada. Por quê está aqui em cima, Cas? – Indagou a menina.
- Estou olhando para o céu... – Respondeu o anjo.
- Hey Cas, o que foi aquilo, desde quando o Uriel virou seu chefe?
- Meus superiores. Disseram que estou me apegando muito aos humanos que protejo. Você e seu irmão. – Respondeu sentando ao lado dela.
Os dois ficaram em silêncio por alguns momentos, ambos observavam a vista que aos poucos perdia os tons alaranjados, tornando-se mais escura a cada minuto.
- Estou sentindo uma coisa diferente. – Disse o anjo. – Em relação ao meu trabalho.
- Acho que você está com dúvida. – Respondeu Claire. – Mesmo que digam a você que está fazendo a coisa certa, sente que tem algo de estranho no que faz. Você não sabe se segue o que seus superiores dizem ou começa a questionar.
- Ela está certa.
Os dois se viraram ao ouvir a familiar voz feminina. Lá estava Anna, fitando-os com um sorriso sincero nos lábios. O cabelo longo e vermelho voando com a brisa suave.
- O que você quer me dizer, Cas? – Perguntou Anna.
- Estou considerando desobedecer. – Respondeu o anjo.
Anna sorriu. – Bom. Isso é o que seu coração lhe diz?
- É. – Respondeu.
Castiel se levantou, indo para perto de Anna. Claire observou os dois adultos conversarem por alguns momentos, depois voltara seus olhos para o céu, que já havia perdido totalmente o tom alaranjado, estava num tom azul quase preto com alguns pontos luminosos e sem Lua. A garota tinha a leve impressão de que talvez Anna gostasse muito de Castiel, mas resolvera ficar quieta fitando o céu estrelado.
- Claire?
A menina se virou, olhando para Anna, que a fitava. – Tenho uma missão para você. – Disse Anna.
- E o que é?
- Lembra-se da Melinda, certo? – Perguntou Anna fitando-a.
Claire parou um pouco, até se lembrar de uma garota que Castiel tinha conhecido. – Me lembro. – Respondeu.
- Bom. Vou te levar até lá. Diga que é sobrinha do Cas, e que ele quer vê-la. – Disse Anna com um sorriso.
- Anna, onde está o Cas? – Perguntou Claire.
- Os superiores estão o chamando. Venha, vou levar você até lá. – Disse Anna.
Quando Claire olhou em volta, estava em um lugar totalmente diferente. Parecia-se com uma vila, cheia de casas coloridas, alguns carros estacionados nas garagens, algumas luzes acesas.
- Que vidinha... – Comentou Claire.
- A Melinda mora ali – Apontou Anna para uma das últimas casas. Era a casa mais simples daquela vila. Era branca, com algumas janelas apagadas, dois carros estacionados. Não saiba quais eram as cores, pois estava muito escuro.
- Anna? O que eu digo a ela? – Perguntou a menina.
- O que combinamos. Grite depois que falar com ela. – Disse Anna. Um barulho asas foi ouvido e ela sumira.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fatal

Obs: Final de Fatal. Algumas vezes, as aparências enganam... (O personagem Alex Krycek não me pertence, pertence ao Chris Carter)

Sophie achou interessante a ideia de ir para Nova York com Oliver, dar uma mãozinha para Claire com o caso, não tinha receio algum de topar com Constantine pela rua, segundo ele, são raras as ocasiões em que sai de casa.
- Sophie, acho bom você ligar para a sua amiga. - Disse Oliver. - Nova York é um lugar bem grande, é meio difícil achar alguém assim do nada.
- Ah, pera aí... - E pegou seu celular, discando alguns números e levando o aparelho a orelha. - Claire, onde você está? Hum... Ok, não faça nada estúpido.
- Para onde vamos querida? - Perguntou Oliver com um sorriso.
- Centro de Nova York... - E lhe deu o endereço.
O rapaz assentiu, subindo na moto, sendo seguido por Sophie, que abraçou sua cintura. Oliver deu um sorriso sincero e ligou a moto, indo na direção que ficava a rua.

Enquanto Oliver dirigia a moto, Sophie olhava para todos os lados da rua, procurando pela amiga que disse que estaria sentada em um dos bancos da rua. - Oliver, pare. - Disse a ruiva localizando quem procurava.
Habilmente, Oliver parou a moto no meio-fio e Sophie desceu desajeitada, tirando o capacete e sentando no banco, ao lado da morena. - Oi, o que descobriu?
- Acho que descobri o caso inteiro. - Comentou Claire.
- Por quê?
- Era óbvio demais... Os pais nunca foram abduzidos, foram mortos pelas crianças. Me toquei disso depois de ter falado com a assistente social que está com uma das meninas. Ela disse que a menina têm uma habilidade incrível com computadores e aqueles alarmes de luz. Isso comprova que a menina deve ter ligado o alarme de luz de dentro de seu quarto, atraíndo a família para o lado de fora, o que possibilitou que os matasse do lado de fora, indiretamente. Com algum tipo de arma química que ela mesma fabricara. Uma que conseguisse sumir com os corpos, sem culpá-la de absolutamente nada. E posso apostar que as outras três crianças fizeram a mesma coisa. De algum jeito, eles conversam entre si telepaticamente, passando os planos um para o outro. Se eu conseguisse provar que foram as crianças, posso soltar a informação pela internet, e talvez até o FBI se envolva novamente.
- Você deduziu isso tudo como? - Perguntou a ruiva. - Não faz sentido, são apenas crianças.
- Crianças com um Q.I de 261. A Eva 6 não é confiável, mas sabe das coisas. Já alertei dois agentes do FBI sobre isso. Acho que eles vão atrás das crianças. - Disse a menina se levantando. - Bem, se eles pegarem as crianças e colocarem no mesmo lugar que a Eva 6, eu ficarei sabendo. Sophie, pode voltar para seus assuntos. - E assentiu, entrando em um ônibus.
- Ela resolveu o caso? - Perguntou Oliver curiso.
- Acho que sim. Deixou tudo para o FBI. Venha, vamos embora. - Disse beijando os lábios de Oliver.

No ônibus, Claire mexia os dedos da mão nervosamente, esperando pelo último ponto impaciente. Talvez os dois agentes já tenham resolvido o caso, pensou ela tentando se acalmar, mas não era isso que a preocupava. Fora muito fria com Sophie, e se sentia mal por isso. Talvez a ruiva nem tivesse notado, pois sempre usava aquele tom com todas as pessoas.
Depois de uma hora, o ônibus parara no ponto final. Claire descera rapidamente, sendo a única passageira que ficara parada, olhando para os lados.
Uma moça morena de uns vinte e poucos anos acenara para ela do canto, perto de uma loja de conveniência. - Você é bem pontual.
- Obrigada. - Respondeu Claire parando de frente para a moça. - Onde ele está?
- Treinando. Vamos, vou te levar onde ele está. - Disse fazendo sinal para que Claire a seguisse.
- Ruby? - Perguntou Claire fazendo com que a moça virasse para encará-la. - Que tipo de coisa meu irmão está treinando?
- Você vai descobrir em breve. - Disse Ruby num tom misterioso, passando o braço no ombro de Claire, indo em direção à estrada.

Estava quase amanhecendo quando Sophie e Oliver chegaram em Lawrence. A ruiva saiu da moto, tirando o capacete, entregando-o para o rapaz. - Você é um bom motorista. - Disse fitando os olhos azuis do rapaz.
- Obrigado. Então... Te vejo amanhã? - Indagou o rapaz sorridente.
- Claro. - Sorriu Sophie abrindo a porta de sua casa e entrando.
Oliver fitou a porta por alguns instantes, manobrando a moto para sua garagem. Colocou o capacete na garupa da moto e abriu a porta branca da garagem, que dava acesso à casa. Estava tudo as escuras. O rapaz se espreguissou, cansado pela corrida. Caiu em sua cama, fechando os olhos.
- Fez tudo direitinho... - Uma voz arrastada disse.
- Obrigado. - Respondeu se sentando na cama, fitando o vulto nas sombras que o encarava. - Quando vamos para a próxima etapa, Balthazar?
- Em breve, caro rapaz... - E o demônio sorriu, saindo das sombras. Usava um terno cinza com finas linhas brancas, uma gravata vermelha com pontos dourados e uma simples camisa branca. Os cabelos loiros estavam penteados para trás, lhe dando um ar de elegância.

Numa clínica, muito longe dali, quatro crianças, dois meninos e duas meninas eram guiados até quatro celas diferentes. Todas tinham nomes. Duas delas eram Adão 8 e Adão 9. As outras eram Eva 8 e Eva 9. As duas meninas entraram cada uma em uma das celas, assim como os meninos. Numa outra cela, onde lia-se Eva 6, uma mulher colocara parte do rosto na grade. - Olá Evas e Adões. - Cumprimentou a mulher.
As duas meninas, idênticas, colocaram seus rostinhos na grade e ambas riram. Os dois meninos, fizeram o mesmo.
- Como souberam um do outro? - Perguntou a mulher às crianças.
- Apenas sabiamos. - Responderam as quatro juntas.
- E foi assim que planejaram matar suas famílias? - Perguntou a mulher.
- Não eram nossas famílias. - Responderam amarguradas. - Nenhum deles. Todos mereceram morrer.
- Hum... Talvez vocês sejam cópias melhores. - Murmurou Eva seis quando a porta fora aberta e um homem entrara. Era alto, moreno, cabelos curtos, olhos castanhos frios e calculistas. Usava uma roupa preta.
- Estão todos aqui? - Perguntou o homem.
- Sim. - Respondeu a guarda. - O que vai fazer?
- Removê-los daqui. Diga ao seu superior que Alex Krycek os retirou. Ele não vai se importar. - Disse o homem. A guarda assentiu, entregando-lhe as chaves. - Olá Evas.
- O que você está fazendo aqui, Krycek? - Perguntou Eva seis.
- Vim tirá-los daqui, é claro. - Argumentou o rapaz. - Eu e alguns amigos os levaremos para um lugar muito especial...
Krycek abriu a porta, deixando um grupo de homens de terno entrarem, retirando as quatro crianças e Eva seis.
- Para onde estão nos levando? - Perguntou Adão 9.
- Um lugar melhor. - Respondeu Krycek aplicando uma injeção no pescoço do menino, partindo em seguida para as outras crianças e Eva seis. - Levem eles daqui. Não deixem pistas. - Advertiu Alex. O rapaz fitou longamente o corredor com as celas e, com um longo suspiro, fechou a porta, seguindo o grupo de homens de terno.

Fim ♦

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fatal

Observações: Continuação ;)

John Constantine bebia um whiskey barato na garrafa, enquanto segurava entre os dedos seu cigarro favorito. Estava amargurado por não ter feito nenhum exorcismo naquela semana. Não tinha vontade de ir ao bar, nem em outro lugar. Sua camisa estava meio aberta, deixando à mostra suas tatuagens. Era incrível o que uma garrafa de whiskey podia fazer com uma pessoa, pensou sorrindo amargurado quando ouviu batidas leves em sua porta. Irritado, levantou-se da cadeira, indo sem vontade alguma atender a porta. Tirou a corrente enferrujada e girou a chave. Bufou mais irritado ainda ao reconhecer a pessoa do lado de fora.
- O que você quer? - Perguntou seco.
- Ah, é muito bom ver você também, John. - Reclamou Claire. - Vai me deixar entrar?
Constantine revirou os olhos, abrindo a porta para ela entrar. Tragou seu cigarro longamente, soltando muita fumaça pelo cômodo.
- Vai dizer o que você quer ou eu terei que expulsá-la daqui? - Perguntou trocando o cigarro pela garrafa de whiskey.
- Se for bonzinho e me deixar explicar, te compro outro maço de cigarro. - Barganhou a garota.
- Que seja... - E largou-se na cadeira, ainda fitando a garota.
- Ouviu falar sobre as quatro famílias que desapareceram? - Perguntou Claire fitando o mais velho.
- A Sophie acabou com a minha vida falando sobre isso... - Murmurou entre os dentes.
A morena revirou os olhos. - Sophie está ocupada agora...
- O que quer dizer? - Perguntou o mais velho.
- Nada. Enfim, acho que você não vai me ajudar... Acho que vou voltar lá para Lawrence com a Sophie e... - Disse fanzendo menção de ir, mas Constantine se levantou da cadeira, indo em direção a porta, ficando parado lá.
- Agora você vai se explicar. - Disse sorrindo irônico. - Você não usa barganhas, nem ironias o tempo todo. Isso é trabalho meu. Eu sei que o bonitinho do seu irmão está brincando lá com o Lú, portanto, não venha me dar uma de mal humorada que só consegue as coisas chantageando. Isso é o meu esquema.
Claire fechou a cara. - Desculpe, foi um erro vir falar com você. - Disse passando pela porta. John a fitou de longe, vendo que a menina passava a mão nos olhos nervosamente, até que o elevador chegara, vazio como sempre. A morena entrou no elevador, apertando o botão do térreo assim que as portas se fecharam, passou novamente a mão nos olhos, tirando as lágrimas que insistiam em sair. Aquela breve meção à seu irmão tinha sido uma catástrofe, pois os pesadelos que ela tentara trancar em sua mente, saíam livremente com a breve citação de Dean.

Numa estrada não muito longe de lá, uma motocicleta custura entre os carros parados. Uma Harley Davidson com um rapaz e uma moça na garupa. Os cabelos ruivos da moça voavam livremente com o vento. Os brilhantes olhos verdes da moça, observavam tudo à seu redor, guardando cada detalhe em sua mente.

Saindo do apartamento, Claire pensava se ligar para Sam seria uma boa ideia. Quem sabe se ela não tinha a sorte dele atender aquele maldito telefone. Pegou o aparelho do bolso, discando alguns números, levando o telefone a orelha. Esperou alguns segundos, chamava...chamava... Até que uma voz cansada atendera.
- Alô?
-
Sam, oi, hã, é a Claire. - Disse.
- Oh...Uh, oi mana, como está?
-
Como acha que eu estou? Você parece que se esqueceu que eu existo.
- Eu estou ocupado com uma coisa...
-
Isso é mais importante que a sua família? - Perguntou a menina sentindo-se com um pouco de raiva.
- Não. Mas é necessário. Olha, eu ligo pra você depois, onde está, falando nisso?
-
Em Nova York. Toma cuidado, Sammy.
- Você também.
Assim que ouvira o click do telefone, sentiu-se chateada pelo irmão ter se afastado tanto dela. Sua cabeça latejava e, cada vez que fechava os olhos, via coisas diferentes., Uma hora, via a rua, na outra, uma espécie de cova, de onde saíam gritos de desespero. Não, ela não iria ficar se lamentando. Pensou irritando-se consigo mesma, continuou andando até o ponto de ônibus mais próximo.

sábado, 8 de agosto de 2009

Fatal

Observações: Mais uma parte de Fatal.
* Algumas partes dessa fic foram inspiradas em Arquivo X. (Valeu por existir, Chris Carter ♥)

Na casa de Sophie, a ruiva dava uns amassos nervosos em Oliver, subindo as escadas, guiando o rapaz para o quarto dela. Sem muita cerimônia, Sophie deu um chute na porta de seu quarto, quando ouviu o som suave da campainha.
- Não vai atender? - Perguntou Oliver recuperando o fôlego.
A irlandesa bufou, apertando os ombros do rapaz. - Eu já volto. - E beijou os lábios do rapaz, indo em direção à escada em passos leves e apressados. A porta estava somente com a corrente dourada, pois ela se esquecera completamente das chaves. Tirou a corrente e ficou surpresa. Lá estava Claire, segurando seu telefone celular um pouco ofegante. - Claire, agora realmente não é uma boa hora... - Começou a ruiva, mas fora interrompida pela morena, que ergueu o dedo indicador.
- Eu descobri uma coisa... Muito boa sobre o caso. - Relatou.
Sophie deu espaço para a amiga entrar em sua casa. - Diz de uma vez.
- Já ouviu falar do Projeto Litchfield?
Sophie coçou a cabeça, intrigada. - Não. Eu deveria?
- Não. O Projeto Litchfield foi algo interessante, era do mais alto nível de secreto e tudo sobre ele foi destruído. Todos os envolvidos negam que tenham participado ou existido. No começo de 1950, o ponto mais alto da Guerra Fria, o governo americano ficou sabendo que os russos estavam fazendo pesquisas na área de eugenia, que é o estudo do melhoramento genético através da ciência. Tudo para conseguir um soldado perfeito. E é claro, os Estados Unidos entraram na brincadeira.
- Espera aí, o que isso tem a ver com os pais abduzidos? - Perguntou Sophie intrigada.
- A imprensa não teve permissão de mostrar as crianças. Por isso, dei uma de rato de biblioteca e resolvi procurar pelas fotos das crianças, foi quando reparei que as crianças são gemêas. Os dois meninos, de estados diferentes e as duas meninas. Aí, me contaram sobre o projeto, que era nada mais nada menos que várias crianças geneticamente modificadas, que tinham nascido em uma reserva em Litchfield. Os meninos eram chamados de Adão e as meninas de Eva.
- C...Como pode ter certeza que as crianças são do projeto? Pode ser apenas aquele clássico caso de que todos tem seu irmão gêmeo? - Argumentou a ruiva.
- Pensei nessa possibilidade, mas olhe aqui. - Disse pegando uma folha de papel com as fotos das crianças e em seguida, mais uma folha. - Essas são as crianças do Projeto e essas são as crianças que tiveram os pais abduzidos. - E estendeu a folha para Sophie.
A ruiva ficara pasma. Na folha, havia doze meninas exatamente iguais, com as mesmas roupas, o mesmo rosto, os cabelos arrumados do mesmo jeito. Do lado oposto, havia a parte dos meninos, que era basicamente a mesma coisa, só que as meninas usavam uma saia vermelha, uma camisa social e sapatos vermelhos. Já os meninos, usavam calças azuis com camisa social e gravata.
- Isso é incrível... - Exclamou ela. - Mas tem uma coisa me incomodando. Por que elas nasceram, já que não estamos mais na Guerra Fria? Essas crianças não seriam soldados?
- Elas são. Li um interrogatório de uma das Evas. Ela está completamente psicótica hoje, trancada em um manicômio. Segundo ela, os Adões e as Evas só ganham o comportamento de assassinos com dez ou onze anos. Depois, passam para o comportamento suicida.
- Onde estão as crianças? - Perguntou Sophie.
- Uma delas está em Nova York. Uma das Evas, se não me engano. As outras crianças eu não tenho a menor ideia.
- E o que vamos fazer?
- Você pode ficar aqui. Vou até Nova York, quem sabe não consigo uma ajuda do Constantine? - Disse Claire indo em direção à porta.
- Espere sentada. - A ruiva brincou, acenando para a garota, fechando a porta atrás de si. Assim que soltara um longo suspiro, subira as escadas, voltando aos assuntos mais importantes. - Onde nós paramos? - Perguntou com malícia, entrando em seu quarto, fechando a porta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fatal

Observações: Continuação da fic para a Sophie ;)

Em sua casa, Sophie estava sentada digitando alguma coisa em seu computador. Ela postva em um tópico que achava ridículo a teoria de que alienígenas haviam levado a família para um outro planeta. Esperando pela resposta mal educada de algum membro, batia os dedos na mesa, fazendo um barulhinho engraçado aos ouvidos, que a mantinha inquieta. Quando ouviu o som familiar da campainha, tirando-a de seu transe momentâneo, quase tropeçando no sofá, foi atender a porta, segurando sua vontade de sorrir, mantendo o tom sério que era típico.
- Olá Claire. - disse.
- Olá Sophie.
-Entre. - Sophie disse dando espaço para a garota passar. Indicou-lhe o sofá. - Então -Disse sentando na cadeira da mesa do computador.
- Então? - Repetiu Claire.
- O que descobriu sobre o caso? - Indagou Sophie, fitando Claire com interesse.
A morena a encarou. Seus olhos não tinham mais aquele ar de felicidade, aquela coisinha de criança que só ela tinha. Agora, os olhos dela mostravam uma tristeza e amargura que somente uma mulher de trinta e poucos anos teria, após ter sido abandonada. - Descobri que esse não foi o primeiro. Nos últimos meses, três outras famílias foram sequestradas em partes do Estado, sem deixar uma única pista. Parece ser bem feito demais para uma criatura sádica, não acha?
- Pode ser um demônio. - Sugeriu a ruiva.
- Nem a pau. Não encontraram traços de enxofre nem absolutamente nenhum sinal típico de coisas demoníacas, nenhuma perda de memória nem nada. Talvez seja algo diferente. - Pensou Claire. - Hey, sabe aquele cara que eu disse que fica observando a sua janela?
- Sei.
- Descobri o nome dele.
Sophie arregalou os olhos. - Como fez isso? E qual o nome dele?
- Eu estava indo embora e, ele me parou perguntando as horas. Me disse que se chama Oliver Darrell. - Disse. - E me perguntou se conhecia a ruiva da casa da frente.
- Ele me parece ser legal e...Eu adoro esse nome, Oliver. - Disse Sophie num tom meio sonhador, pouco comum para ela. - Mas voltando ao ponto importante, as famílias tinham alguma coisa em comum?
- Já que perguntou, sim. Todas as famílias tinham dois filhos. E sempre o mais novo era deixado. Acredito em muitas coisas, coincidência não é uma delas. - Disse Claire fitando uma Sophie com um ar sonhador que não combinava com ela.
- E o que vai fazer agora? - Perguntou Sophie voltando aos assuntos importantes.
- Falar com a menina, ver o que eu descubro. Preciso que procure mais alguma conexão entre as famílias. E Sophie, por favor, não fique sonhando muito com o Oliver, ok? Eu preciso de você. - Claire disse fitando a expressão sonhadora de Sophie. - Hey, pare com isso, você normalmente despreza todos os seres vivos ao seu redor, o que foi que deu em você?
- Não sei. Acho que foi por causa do nome dele, ou porque estou sem fumar... - Argumentou Sophie, fazendo com que a morena revirasse os olhos.
- Me liga se descobrir alguma coisa. - Disse Claire abrindo a porta da frente, indo embora.
Assim que saiu, pegou seu celular, tentando ligar novamente para Sam, sem resultados satisfatórios. Claire soltou um breve suspiro, sentando-se em uma mureta a alguns metros longe da casa de Sophie.
- Um dia difícl? - Perguntou uma voz conhecida.
Claire levantou a cabeça, fitando o rapaz moreno de profundos olhos azuis que a observava. - Olá Oliver. Podemos dizer que não é o meu melhor ano.
O rapaz fitou-a, sentando-se ao lado dela. - Então, desculpe-me pela mudança brusca de assunto, mas o que pode me contar sobre sua amiga ruiva?
- Tudo bem. - Claire disse olhando para o céu nublado. - Ela é irlandesa, se chama Sophie. Ela coleciona moedas, tem alguns gatos, bebe pra caramba... Tem um coração bem grande, mas não deixa os outros saberem disso.
- Entendo. Hey, você viu aquele caso da menina que teve a família abduzida? - Perguntou Oliver.
- Vi.
- Descobri uma coisa muito estranha. São quatro crianças de cada família, certo? Duas meninas e dois meninos. - Argumentou Oliver.
- Sim.
Oliver tirou alguns papeis de seu bolso, com fotos das crianças. - Essas são as crianças.
Claire arregalou os olhos ao ver as fotos. As famílias pareciam ter uma cópia das crianças, pois os dois meninos eram praticamente iguais, assim como as meninas. - Então... Eles são hum... Clones?
- Não sei. É possível. - Oliver disse.
- Como fez a ligação? -Perguntou Claire curiosa.
- Vi as crianças. Mas hey, eu posso estar errado... - Acrescentou Oliver.
- Obrigada pela dica, Oliver.
- Quando precisar, me chame. - Comentou jogando charme, levantando-se e caminhando em direção à casa de Sophie.
Claire deu um sorriso, imaginando qual seria a reação de Sophie quando abrisse a porta, dando de cara com Oliver. A morena pegou novamente seu celular, fazendo uma ligação. - Olá, Peter, como vai, preciso muito de você.

Fatal

Observações: Continuação da Fic "Fatal".
* Sophie ainda não me disse nada, mas, whatever, vamos continuar...

Três dias depois que recebera a visita inusitada de Claire, Sophie estava com a pulga atrás da orelha, pensando sobre o que acontecera com Dean. John acabara se cansando da ruiva, indo embora para Nova York, sem arrumar uma desculpa, apenas dizendo "Quando acabar sua TPM, me ligue". Sophie não se incomodou, na verdade, achara ótimo que o carrancudo, cabeça vazia tinha ido, assim ela poderia tentar descobrir alguma coisa sobre aquele vizinho que ficava a encarando todos os dias que saía de casa.
Enquanto assistia televisão, pensava sobre o caso que vira no dia em que Claire aparecera em sua porta. Andara fuçando no orkut, descobrindo que a maior parte dos usuários tinha certeza de que aquela família havia sido levada por alienígenas. Mas aquilo, pensara ela, era ridículo. Demônios, fantasmas e criaturas existiam com absoluta certeza, agora, alienígenas, ela duvidava. Já que estava sozinha, sem absolutamente nada para fazer, pegou seu celular, procurando pelo número da amiga, levando o aparelho a orelha.
-Alô?
-
Claire, hey, é a Sophie. Como está? - Perguntou enrolando a ponta do cabelo.
- Estou bem, obrigada. Aconteceu alguma coisa?
-
Não, não. Bem, preciso falar com você.
- Diga.
-
Não é uma coisa que eu diria pelo telefone. Quero ver você. Onde está, falando nisso?
- Em Lawrence. Investigando como eu posso aquele caso da menina que a família foi abduzida.
-
Hum... Talvez possa ajudar você. - Insistiu Sophie.
- Sophie, se alguma coisa acontecer com você, sabe que o Constantine acaba comigo, certo?
-
Nada vai acontecer comigo, Claire, eu não sou tapada a esse ponto.
-Sei que não. Mas não tenho ideia do que aquilo seja...
-
Tudo bem. Venha para a minha casa e discutimos. - Disse Sophie desligando o telefone antes que Claire protestasse.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Fanfic:Fatal

Observações: Os personagens de Supernatural não me pertencem, pertencem a Eric Kripke e sua trupe e blábláblá ;) (o personagem Constantine pertence a Vertigo)
* Escrita por Death e Santo Abismo.
* Para Sophie, espero que ela aprove.

A garota colocara o rosto em uma das mãos, tamborilando os dedos na mesa de madeira, fazendo um barulho engraçado aos ouvidos. Usava fones de ouvido, que estavam ligados a seu inseparável MP4, que estava no bolso de sua blusa de frio, preta com capuz. Estava entediada, aquilo era um fato. Não estava mais agüentando ouvir a professora falar com aquela voz de aspirador velho, não via a hora de ir para sua casa dormir o dia inteiro.Quando aquele barulho maravilhoso do sinal da escola foi ouvido, todos os alunos respiraram aliviados, guardando suas coisas em suas mochilas e correndo em direção à saída. Ela seguiu a multidão, sem se importar se empurrava algum aluno que estava perdido naquele monte de adolescentes barulhentos. Finalmente, ela havia conseguido sair daquele mar de gente, ajeitou sua bolsa no ombro e seguiu para casa, com os fones de ouvido e um livro nas mãos.- Está atrasada. – Disse uma voz que ela conhecia muito bem. – Não que eu me importe com você, mas os vizinhos estavam estranhando...
- Cale a boca. – A garota disse ignorando o pálido homem de trinta e poucos anos de cabelos pretos bagunçado que estava em sua porta. – Achei que não viria, John.
- Não sou você que larga as visitas na porta, Sophie. – Respondeu John sarcástico quando entrara na casa da garota.
Sophie tirou o capuz da cabeça, revelando seu cabelo ruivo não muito longo, amarrado em um rabo de cavalo. Os penetrantes olhos verdes examinaram a figura do homem à sua frente. Tinha idade para ser o pai dela, mas não se importava, sempre gostara de caras mais velhos que ela.
- Então, quantos demônios você exorcizou hoje? – Perguntou Sophie subindo as escadas, com o mais velho atrás dela.
- Nenhum. – Respondeu seco.
- Milagre. – Disse a ruiva chegando em seu quarto, fechando as janelas e virando-se para o mais velho, lhe dando um longo beijo apaixonado.
Constantine lhe respondeu à altura, e o casal caiu na cama da ruiva.

(...)

Perto da escola, uma garota morena andava pela calçada, ignorando alguns garotos que tentavam lhe chamar a atenção. Parecia decidida, seguindo reto pela longa rua pouco iluminada. Usava uma blusa de frio preta com calças jeans da mesma cor, o capuz da blusa cobrindo-lhe o rosto jovem que estava com olheiras um pouco profundas, que lhe davam um ar fantasmagórico. Tinha uma mochila com alguns chaveiros nas costas, anéis prateados nos dedos e um pentagrama cor de bronze no pescoço.
Quando finalmente chegara a seu destino, teve a sensação de estar sendo observada. Intrigada, olhou para os lados e localizou um rapaz de vinte anos parado em uma janela. A luz da rua iluminava seu rosto. Era branco, meio pálido, olho azul, barba por fazer, cabelos castanhos curtos. Usava uma camiseta branca com calças jeans. A menina nunca o vira, talvez tinha se mudado recentemente, pensou parando na frente de uma casa alta, com uma porta de madeira com alguns detalhes entalhados.
Do outro lado da rua, o rapaz observava a jovem parada na frente da casa da garota ruiva, os olhos azuis estavam fitando a nuca da menina, que havia notado quase no mesmo instante que ele colocara seus olhos nela. Com um sorriso presunçoso, fechou as cortinas brancas de sua casa, indo em direção ao outro cômodo.
No quarto de Sophie, a ruiva estava enrolada em um lençol, deitada no peito nu tatuado de Constantine, que desenhava círculos com a ponta dos dedos nas costas dela. Por alguns momentos, os dois ficaram lá, até que o barulho suave da campainha foi ouvido. Sophie franziu o cenho, confusa. Tinha certeza absoluta que nenhuma pessoa da escola sabia onde ela morava, intrigada, vestiu-se rapidamente, pegando sua calça jeans e a camiseta branca que estava usando. Constantine não moveu um único músculo, apenas fitou-a com desinteresse por alguns segundos.
Sophie desceu as escadas, pegando um molho de chaves que estava atrás da porta de madeira, colocando a menor das chaves no buraco da fechadura e, em seguida, tirando a corrente dourada que havia na porta. Assim que abriu a porta, ficou imediatamente surpresa ao ver sua visitante.
- Oi Sophie. – Disse a menina de capuz com uma voz meio rouca.
- Olá, Claire. – Respondeu escondendo a pequena fagulha de felicidade que sentira ao vê-la. – O que faz aqui?
- Estava por perto e decidi vir vê-la. – Respondeu a garota, escondendo o rosto no capuz preto.
- Entre. – Disse a ruiva se afastando da porta, dando espaço para que a amiga passasse.
A ruiva guiou a morena até a sala não muito organizada, sentando-se em uma poltrona azul, enquanto a morena sentava-se na ponta do sofá de três lugares. Ela parecia levemente estranha, ou mais estranha do que era normalmente, pensou Sophie imediatamente.
- Então, o que houve? – Sophie perguntou fitando Claire com uma ponta imperceptível de preocupação.
- Algo ruim. Muito ruim. – Respondeu a menina olhando para baixo.
- E o que foi?
- Dean está morto. – Disse Claire.
Sophie sentiu o sangue congelar. Não, tinha certeza absoluta que Claire não estava mentindo, mas ainda era meio difícil de acreditar. O palhaço, cretino, presunçoso do Dean era ruim demais para morrer assim do nada.
- Como isso aconteceu? – Perguntou.
- Foi há um ano. Sam teve um pequeno acidente e acabou morrendo, e o Dean vendeu a alma dele ao demônio da encruzilhada. Mas esse acordo foi diferente. O demônio deu um ano para ele e... – Parou, soltando um suspiro ao lembrar-se de ver o corpo de Dean com ela no banco de trás, depois assistir Sam e Bobby enterra-lo não tinha sido algo muito fácil de se ver.- O prazo acabou há três semanas.
- Onde está o seu outro irmão, Sam? – Sophie perguntou sentando ao lado dela.
- Ocupado demais para falar comigo. Me deixou em um hotel na semana passada dizendo que tinha ido treinar o plano de matar Lilith. Eu liguei para ele, dizendo onde eu estava, mas ele não disse nada, só caía na caixa de mensagens. Está parecendo meu pai.
Sophie sentia que bem no fundo, gostaria de ser um pouco mais sociável, mas aquele tipo de coisa não batia com sua personalidade, e ela considerava que John não acharia divertido ter uma outra pessoa dividindo o teto com eles. A ruiva não podia negar, mas Claire naquele estado poderia fazer qualquer tipo de maluquice.
- Olhe, eu até gostaria que você ficasse aqui, mas...
- Constantine está aqui. – A morena afirmou.
- Como sabe?
- Senti cheiro de cigarro assim que eu entrei. E você não fuma muito. – Disse com um sorriso torto, se levantando e olhando pela janela. – Tem um cara observando você.
- Eu sei. – Respondeu Sophie. – Nunca falei com ele. – Disse indo até a porta junto com a menina.
- Tome cuidado. – A morena advertiu, fazendo um leve aceno com a cabeça e partindo em direção ao ponto de ônibus mais próximo.
Sophie a fitou por alguns segundos, quando sentiu alguém atrás dela.
- Quem era? – Perguntou Constantine acendendo um cigarro.
- Lembra da Claire?
- Ah sim, irmã caçula dos garotos problema do submundo. O que ela queria? – Perguntou abrindo uma lata de cerveja.
- O Dean está morto. E no inferno. – A ruiva disse virando para ele, fechando a porta atrás de si.
Constantine soltou a fumaça que estava em sua boca, fitando a ruiva com um olhar que ela desconhecia. – Agora ele aprende boas maneiras... – Resmungou baixo.- Eu não esperava nada diferente vindo de você, John. – A ruiva bufou sentando no sofá, ligando a televisão. – Hey John, acho que sei porquê a Claire estava aqui...
- Por quê? – Perguntou desinteressado.
- Uma família inteira desapareceu no centro da cidade, deixando só uma menininha de 8 anos. Segundo ela, o pai, a mãe e o irmão mais velho foram levados por uma “luz brilhante”. – Disse voltando seus olhos para o rosto do mais velho, que não teve reação alguma, tragando seu cigarro. – Ah, esquece, isso é bem típico de você...
- O que, está se importando com a família?
- Não. – Bufou ela. – Quero saber o que a levou. E se vier pra cá?
- Relaxe, ninguém vai querer levar você. Eles não agüentariam o tranco. – Sorriu sarcástico para a ruiva, que lhe jogou uma almofada.