Obs: Final de Fatal. Algumas vezes, as aparências enganam... (O personagem Alex Krycek não me pertence, pertence ao Chris Carter)
Sophie achou interessante a ideia de ir para Nova York com Oliver, dar uma mãozinha para Claire com o caso, não tinha receio algum de topar com Constantine pela rua, segundo ele, são raras as ocasiões em que sai de casa.
- Sophie, acho bom você ligar para a sua amiga. - Disse Oliver. - Nova York é um lugar bem grande, é meio difícil achar alguém assim do nada.
- Ah, pera aí... - E pegou seu celular, discando alguns números e levando o aparelho a orelha. - Claire, onde você está? Hum... Ok, não faça nada estúpido.
- Para onde vamos querida? - Perguntou Oliver com um sorriso.
- Centro de Nova York... - E lhe deu o endereço.
O rapaz assentiu, subindo na moto, sendo seguido por Sophie, que abraçou sua cintura. Oliver deu um sorriso sincero e ligou a moto, indo na direção que ficava a rua.
Enquanto Oliver dirigia a moto, Sophie olhava para todos os lados da rua, procurando pela amiga que disse que estaria sentada em um dos bancos da rua. - Oliver, pare. - Disse a ruiva localizando quem procurava.
Habilmente, Oliver parou a moto no meio-fio e Sophie desceu desajeitada, tirando o capacete e sentando no banco, ao lado da morena. - Oi, o que descobriu?
- Acho que descobri o caso inteiro. - Comentou Claire.
- Por quê?
- Era óbvio demais... Os pais nunca foram abduzidos, foram mortos pelas crianças. Me toquei disso depois de ter falado com a assistente social que está com uma das meninas. Ela disse que a menina têm uma habilidade incrível com computadores e aqueles alarmes de luz. Isso comprova que a menina deve ter ligado o alarme de luz de dentro de seu quarto, atraíndo a família para o lado de fora, o que possibilitou que os matasse do lado de fora, indiretamente. Com algum tipo de arma química que ela mesma fabricara. Uma que conseguisse sumir com os corpos, sem culpá-la de absolutamente nada. E posso apostar que as outras três crianças fizeram a mesma coisa. De algum jeito, eles conversam entre si telepaticamente, passando os planos um para o outro. Se eu conseguisse provar que foram as crianças, posso soltar a informação pela internet, e talvez até o FBI se envolva novamente.
- Você deduziu isso tudo como? - Perguntou a ruiva. - Não faz sentido, são apenas crianças.
- Crianças com um Q.I de 261. A Eva 6 não é confiável, mas sabe das coisas. Já alertei dois agentes do FBI sobre isso. Acho que eles vão atrás das crianças. - Disse a menina se levantando. - Bem, se eles pegarem as crianças e colocarem no mesmo lugar que a Eva 6, eu ficarei sabendo. Sophie, pode voltar para seus assuntos. - E assentiu, entrando em um ônibus.
- Ela resolveu o caso? - Perguntou Oliver curiso.
- Acho que sim. Deixou tudo para o FBI. Venha, vamos embora. - Disse beijando os lábios de Oliver.
No ônibus, Claire mexia os dedos da mão nervosamente, esperando pelo último ponto impaciente. Talvez os dois agentes já tenham resolvido o caso, pensou ela tentando se acalmar, mas não era isso que a preocupava. Fora muito fria com Sophie, e se sentia mal por isso. Talvez a ruiva nem tivesse notado, pois sempre usava aquele tom com todas as pessoas.
Depois de uma hora, o ônibus parara no ponto final. Claire descera rapidamente, sendo a única passageira que ficara parada, olhando para os lados.
Uma moça morena de uns vinte e poucos anos acenara para ela do canto, perto de uma loja de conveniência. - Você é bem pontual.
- Obrigada. - Respondeu Claire parando de frente para a moça. - Onde ele está?
- Treinando. Vamos, vou te levar onde ele está. - Disse fazendo sinal para que Claire a seguisse.
- Ruby? - Perguntou Claire fazendo com que a moça virasse para encará-la. - Que tipo de coisa meu irmão está treinando?
- Você vai descobrir em breve. - Disse Ruby num tom misterioso, passando o braço no ombro de Claire, indo em direção à estrada.
Estava quase amanhecendo quando Sophie e Oliver chegaram em Lawrence. A ruiva saiu da moto, tirando o capacete, entregando-o para o rapaz. - Você é um bom motorista. - Disse fitando os olhos azuis do rapaz.
- Obrigado. Então... Te vejo amanhã? - Indagou o rapaz sorridente.
- Claro. - Sorriu Sophie abrindo a porta de sua casa e entrando.
Oliver fitou a porta por alguns instantes, manobrando a moto para sua garagem. Colocou o capacete na garupa da moto e abriu a porta branca da garagem, que dava acesso à casa. Estava tudo as escuras. O rapaz se espreguissou, cansado pela corrida. Caiu em sua cama, fechando os olhos.
- Fez tudo direitinho... - Uma voz arrastada disse.
- Obrigado. - Respondeu se sentando na cama, fitando o vulto nas sombras que o encarava. - Quando vamos para a próxima etapa, Balthazar?
- Em breve, caro rapaz... - E o demônio sorriu, saindo das sombras. Usava um terno cinza com finas linhas brancas, uma gravata vermelha com pontos dourados e uma simples camisa branca. Os cabelos loiros estavam penteados para trás, lhe dando um ar de elegância.
Numa clínica, muito longe dali, quatro crianças, dois meninos e duas meninas eram guiados até quatro celas diferentes. Todas tinham nomes. Duas delas eram Adão 8 e Adão 9. As outras eram Eva 8 e Eva 9. As duas meninas entraram cada uma em uma das celas, assim como os meninos. Numa outra cela, onde lia-se Eva 6, uma mulher colocara parte do rosto na grade. - Olá Evas e Adões. - Cumprimentou a mulher.
As duas meninas, idênticas, colocaram seus rostinhos na grade e ambas riram. Os dois meninos, fizeram o mesmo.
- Como souberam um do outro? - Perguntou a mulher às crianças.
- Apenas sabiamos. - Responderam as quatro juntas.
- E foi assim que planejaram matar suas famílias? - Perguntou a mulher.
- Não eram nossas famílias. - Responderam amarguradas. - Nenhum deles. Todos mereceram morrer.
- Hum... Talvez vocês sejam cópias melhores. - Murmurou Eva seis quando a porta fora aberta e um homem entrara. Era alto, moreno, cabelos curtos, olhos castanhos frios e calculistas. Usava uma roupa preta.
- Estão todos aqui? - Perguntou o homem.
- Sim. - Respondeu a guarda. - O que vai fazer?
- Removê-los daqui. Diga ao seu superior que Alex Krycek os retirou. Ele não vai se importar. - Disse o homem. A guarda assentiu, entregando-lhe as chaves. - Olá Evas.
- O que você está fazendo aqui, Krycek? - Perguntou Eva seis.
- Vim tirá-los daqui, é claro. - Argumentou o rapaz. - Eu e alguns amigos os levaremos para um lugar muito especial...
Krycek abriu a porta, deixando um grupo de homens de terno entrarem, retirando as quatro crianças e Eva seis.
- Para onde estão nos levando? - Perguntou Adão 9.
- Um lugar melhor. - Respondeu Krycek aplicando uma injeção no pescoço do menino, partindo em seguida para as outras crianças e Eva seis. - Levem eles daqui. Não deixem pistas. - Advertiu Alex. O rapaz fitou longamente o corredor com as celas e, com um longo suspiro, fechou a porta, seguindo o grupo de homens de terno.
Fim ♦
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