domingo, 30 de agosto de 2009

Impaciência

Observações: Os personagens de Supernatural são do Eric Kripke e da CW. Os personagens de Hellblazer são da Vertigo.
Fic para Jill :D

O céu nublado era deprimente. As nuvens de tom acinzentado não deixavam nem mesmo uma única brecha de luz solar passar, como se fosse uma espécie de cortina cinzenta. Em Boston, em uma das muitas sedes do FBI, uma agente especial passa as mãos no pescoço, apoiando os cotovelos na mesa de vidro, cheia de papeis espalhados por todos os lados. As paredes, brancas como marfim em excelente estado, cobertas por murais, cada um com várias fotos dos mesmos indivíduos. Um rapaz de cabelos castanhos, um rosto com feições levemente infantis, os belos olhos castanhos esverdeados a fitavam imóveis no mural e havia um nome, na parte de madeira do mural: Samuel Winchester.
A agente voltou seus olhos para o segundo mural, perto da porta. Outro rapaz, de encantadores olhos verdes, feições malandras e um jeito clássico de ser paquerador, como ela bem sabia. Na parte de madeira, o nome Dean Winchester era visível.
- Jill?
A moça fungou com a cabeça apoiada na mesa. - O que foi? - Perguntou de mau humor.A garota que batera gentilmente na porta, colocou uma prancha em cima da mesa, arrumando a saia preta até os joelhos e sentando-se na cadeira na frente de Jill. - Você não me parece muito bem, Jill. Precisa tirar umas férias.

A agente levantou a cabeça, franzindo o cenho, fitando a moça ruiva de cabelos enrolados. O rosto rosado com poucas sardas franzia o cenho observando-a com uma expressão cautelosa. - Marie, não vou tirar férias coisa nenhuma, preciso colocar os Winchesters atrás das grades. Se não fizer isso, eu vou acabar enlouquecendo.
Marie empurrou a prancha para o outro lado. - Qual a razão de pegá-los Jill? Eles não me parecem perigosos.

Jill riu amargurada. - Você só pode estar brincando. - E tirou uma pasta com vários arquivos de sua mesa. - Eles falsificam identidades, violam túmulos, um deles (e fuzilou a fotografia de Dean) tem duas acusações de homicídio. Sem contar que eles foram presos duas vezes e fugiram.

A ruiva contraiu os lábios. - Jill, você está a seis meses nesse caso e não conseguiu pegá-los. Por que é tão obcecada com isso?

A loira riu baixo, uma risada forçada. - Imagine o quanto eu irei receber quando os pegar? Qual é Marie! Nem mesmo o Vitor conseguiu pegá-los. E aposto o que você quiser que ele foi morto por causa deles. Provavelmente eles tinham um plano para matá-lo por que estava na cola deles.

-
Jill, pare. - Disse Marie compreensiva. - Há quanto tempo você não sai com a gente?
Jill por favor. Até o Aaron sente sua falta. Venha.
A loira deu um sorriso amarelo. - Aaron sente minha falta? - a Indagou. - Talvez você tenha razão. Quer saber, hoje vou sair com vocês, o que me diz?

Marie abriu um largo sorriso. - Que ótimo Jill. Talvez o Phillipe possa te dar umas férias, já que faz um tempão que você não sai dessas maldita sede. O que me diz?

Ela assentiu, se levantando rapidamente de sua cadeira e indo com a ruiva até a sala de Philipe. O chefe de Jill trabalhava há vinte anos na divisão do FBI, nunca teve muitos amigos. Era divorciado, tinha dois filhos. Um dos homens que tinha mais poder na divisão era Philipe.
Jill bateu na porta de madeira onde havia a placa com o nome de seu patrão. – Entre. – Disse uma voz gutural e rouca. A agente abriu a porta, cumprimentando seu patrão com um aceno da cabeça.
- Capitão, eu estava pensando em tirar umas férias curtas, de umas duas semanas.
Philipe a fitou, colocando a caneta em cima do papel que fazia anotações. Não tinha uma expressão furiosa. – Seria muito bom, agente Valentine. Não se preocupe com nada, ninguém irá mexer em seus trabalhos. Vai ficar tudo do jeito que está.
Jill deu um breve sorriso, apertando a mão de Philipe. – Obrigada, senhor. – E deixou a sala.
Do lado de fora, Marie a esperava. – E então?
Jill sorriu. – Te vejo em duas semanas, Marie. – E foi até sua sala, pegar a bolsa e seu casaco. – Acho que vou viajar um pouco.
- É uma ótima ideia. Bom, te vejo em duas semanas. – E sorriu, pegando sua prancha, correu atrás de Aaron. – Aaron! Aaron!
A agente decidiu não dizer nada, pegando o elevador e indo até o térreo. Não ia para casa, ia diretamente para o lugar onde a vida dos Winchesters começara e tivera um final trágico: Lawrence, Kansas. Ligou seu Nissan Versa e pegou a interestadual. De Boston para Lawrence demorava quase um dia. Jill comprimiu os lábios, pensando no tanto de gasolina que ia gastar até chegar lá.

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