A loira não sentia vontade de se levantar, mas quando bateu os olhos nos relógio, tomou um susto de bom tamanho ao ver que eram sete horas da manhã. Levantou-se e colocou suas roupas, deu um longo e apaixonado beijo em Oliver e desceu as escadas deixando a casa do rapaz.
A agente pensava em algum tipo de plano para poder descobrir sobre os Winchesters. O primeiro passo foi ir até a casa do vizinho deles. Chegou timidamente ao ver que havia um senhor recolhendo um jornal. Era baixo e calvo com olhos verde musgo. Usava um roupão azul escuro com chinelos fofos. – Com licença? – Disse ela. O homem ergueu o rosto, observando-a de cima a baixo. – Eu sou jornalista, estou pesquisando sobre dois incêndios que ocorreram aqui na região, um deles ocorreu na casa ao lado, senhor.
- Sim, sim, é verdade. – Comentou o homem. – Uma triste verdade se quer saber, minha jovem. Os Winchesters eram a família mais bonita que eu já tinha visto em toda minha vida. Aquele incêndio terrível acabou com a vida daquelas pessoas. Eu não estava aqui em nenhum dos acidentes, minha jovem. Sei apenas o que o povo me contou.
- E o que lhe contaram, senhor? – Perguntou Jill demonstrando interesse.
- Algumas semanas após o acidente, dizem que John Winchester enlouqueceu. Enfiou os dois filhos no carro e partiu. Todos ficaram muito preocupados com a segurança das crianças, mas ninguém fez nada. E dez anos depois, ele reapareceu e teve um “encontro íntimo” com a melhor amiga de sua finada esposa, a senhorita Rachel Bennet. E bem, nove meses depois, ele voltara porque tinha descoberto que ela tinha tido uma filha. – O velho limpou a garganta. – A menina era um anjo.
- E o que aconteceu com Rachel Bennet? – Perguntou a agente.
- Foi morta em um incêndio. O pior incêndio aqui da região, perdendo apenas para esse que aconteceu aqui ao lado. – Comentou o velho. – Deseja mais alguma coisa, senhorita?
- Não. – Fungou Jill pensativa. – Obrigada pelo seu tempo.
A agente seguiu por entre as casas de cerca branca de grama aparada, pensando no próximo passo para descobrir a verdade, não devia ser muito difícil encontrar alguma pessoa que estivera naquele incêndio. Mas devia ser uma pessoa que estava em ambos...
Ela se sentou em um banco, perto de uma árvore, apoiou os cotovelos nas coxas, passando as mãos pelo topo da cabeça, pensativa. Tinha que existir alguém... Quando uma ideia repentina invadiu sua mente: O Corpo de Bombeiros de Lawrence. A agente sacudiu a cabeça, sentindo-se uma verdadeira imbecil por não ter pensado nos bombeiros logo de cara. Levantou-se e foi até a lista telefônica, pegando o endereço do lugar.
Quando chegara no Corpo de Bombeiros, seu primeiro pensamento foi que aquilo era uma oficina mecânica. Algumas peças dos caminhões espalhadas, um grande caminhão vermelho estacionado bem no meio do largo 'quintal', viu dois homens; um limpava a parte de cima enquanto o outro limpava a parte de baixo do caminhão. Aproximou-se como quem não quer nada.
- Com licença? - Disse com uma voz doce.
O homem que estava na parte de baixo, colocou um pano nos ombros, indo atendê-la. - Posso ajudá-la moça? - Indagou. Era um rapaz muito bonito, corpulento, olho castanho, moreno, alto, devia ter uns vinte para trinta anos. Um belo rapaz, refletiu por alguns segundos. - Ah sim, eu sou jornalista e estava fazendo uma matéria sobre dois incêndios que ocorreram aqui em Lawrence.
O rapaz passou a mão pelo cabelo curto, uma tática de jogar charme. - Fale com o Ed. - E apontou para dentro da oficina. A agente sorriu, agradecendo. Tinha quase certeza que o jovem estava olhando para ela, e apenas soltou um risinho silencioso, voltando aos assuntos importantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário