sábado, 5 de setembro de 2009

Impaciência

Obs: Final da fic ;D

- Olá. – Alguém sussurrou no ouvido da agente, soltando ar quente em sua nuca. A loira sentiu um arrepio que levantara os pêlos de seu braço.
-
Quem diabos é você? – Perguntou ela enquanto o loiro passava os dedos em seu cabelo.- Amiguinho, docinho. – Respondeu ele sarcástico. Era um homem muito bonito, cabelo loiro curto jogado para trás, um terno caro cinza com listras em cinza claro e uma bela gravata vermelha com um broche dourado. Tinha um olhar sacana e intimidador.
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Saia do meu carro. – Disse Jill com uma voz fraca.
Ele riu, aproximando os lábios no rosto da agente, perto do maxilar, soltando o ar quente de seus pulmões perto dela.-
Escute docinho, você está fuçando em coisas que não devia. - Sussurrou o demônio em seu ouvido. - Isso é só um prévio aviso.
Balthazar vira que a loira estava com medo, e isso o animava ainda mais para provocá-la. Tentara lamber o rosto dela, errando por um centímetro.

A loira ficara com medo, mexendo-se desconfortavelmente no banco do carro. - Já entregou sua mensagem? - Perguntou ela depois que o demônio tentara seduzí-la.

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Já amor. - E beijou-lhe a face, sorrindo com malícia e deixando o carro. - Lembre-se que não pode fuçar mais, querida, senão, eu voltarei e não serei tão agradável quanto agora.
A agente respirou fundo assim que o demônio deixou seu carro. Sentia um profundo nojo daquela criatura, e rezava para que não houvesse um segundo encontro. Dirigiu meio catatônica até a casa de Oliver.

Quando chegara, batera na porta meio sem força. Ouviu o típico som de chaves e o suave clique da porta sendo aberta. O rapaz a fitou estranhando seu comportamento. - Jill, você está bem? Está meio pálida.

A loira não dissera nada, apenas caminhara para dentro da casa do mais novo e o abraçou. - Acredita em demônios, Oliver?

O moreno ficara lívido. Uma gota de suor frio descera por seu rosto com a breve menção de demônio. - A..acredito - Gaguejou ele soltando-a. - Jill, olha... eu... preciso contar uma coisa a você.

A agente assentiu, encorajando-o. - Diga.

- Eu sabia que Balthazar ia atrás de você. Sim, aquele cara loiro que apareceu no seu carro chama-se Balthazar, é um cretino, mas... - Ele tentara explicar-se, mas a agente o interrompeu.

- Você trabalha com ele? - Perguntou a agente indignada, mas mantendo o autocontrole.

- Trabalho. Nós meio que ficamos de tocaia aqui em Lawrence caso alguém venha xeretar em algo que não deve. Como você. - Explicou o moreno, tentando amenizar a situação. - Olha, eu disse ao Balthazar pegar leve com você e não te matar, mas tem a condição de que você nunca mais voltaria aqui para procurar por problemas, entende?

A loira comprimiu os lábios, sentindo-se traída. - Eu entendo. - Respondeu ela indiferente. - Adeus, Oliver. - E saiu da casa do rapaz. Sentiu que ele a observava de longe, provavelmente para ter certeza que ela realmente estava indo embora. Vira Balthazar pousar sua mão nos ombros do rapaz, beijando sua face.

O moreno abraçou o loiro, beijando-o vorazmente, e antes que as coisas melhorassem, fechou a porta da frente. A loira observou a cena ao longe, balançando negativamente a cabeça, ligando o carro e partindo. Nunca mais iria colocar os pés em Lawrence, isso era certeza.

Pegou um de seus arquivos que estava guardado no porta-luvas. Desamassou o papel, que era uma ficha de polícia de uma certa pessoa que ela desenvolvera uma certa afeição: Sam Winchester.

Deu um sorriso torto, fitando a expressão constrangida do rapaz e colocou o papel no banco do carona. Ouviu seu celular tocar, atendendo-o quase de imediato. - Valentine. - Disse ela naquele tom usual de agente federal.

- Jill, é o Aaron, como você está amor?

A loira sorriu, prestando atenção na estrada. - Bem, voltando para Boston agora.

- Mas bebê, são suas férias. - Resmungou Aaron do outro lado da linha.

- Não importa. - Respondeu ela. - Te vejo daqui a pouco. - E desligou antes que o amigo pudesse responder.

Bem, agora não adiantava chorar, pensou ela pegando a interestadual. Se ia descobrir a verdade obscura dos Winchesters, teria que se acostumar com as típicas ameaças. Deu um sorriso torto, pensando que talvez todo esse esforço lhe rendesse algo de bom. E voltou seus brilhantes olhos castanhos para a foto do Winchester. Não seja estúpida, pensou ela imediatamente mordendo o lábio inferior.

Nunca que o irmão do meio iria interessar-se pela mulher que o está caçando. E voltou sua atenção para a interminável estrada. Ligou o rádio, aumentando no último volume a música que mais gostava.
Foo Fighters, the Best of You.

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