segunda-feira, 20 de julho de 2009

Love Angel 3

Final da fic Love Angel. Tá certo que eu não demorei muito, mas tá valendo =D

Castiel abriu seus perspicazes olhos azuis e olhou ao redor. Estava em um hotel. O lugar parecia vazio, mas ele sabia que havia alguém lá. Andando sorrateiramente encontrou duas camas de solteiro, ambas ocupadas por dois rapazes que dormiam tranquilamente. A pessoa que procurava não estava lá. O anjo fechou os olhos, localizando sua protegida, que estava do lado de fora do hotel. Caminhando lentamente para não despertar os dois rapazes, dirigiu-se até o largo estacionamento, encontrando sua protegida sentada no capô do carro do irmão mais velho, olhando para o céu.
- Meio tarde para estar acordada, não acha? - Disse surpreendendo a menina, que deu um sorriso torto, voltando a olhar para o céu.
- Não consigo dormir. - Respondeu Claire mudando o foco de sua atenção. - Encontrou-a? Melinda?
- Encontrei. - Disse Castiel sentando-se no chão, perto do carro. - Acho que ela se interessou por mim... - Disse com um sorriso puramente inocente nos lábios.
Claire o observou quieta, pensando no que dizer. - Conversaram?
O anjo sentiu-se constrangido. Seu primeiro contacto com Melinda não tinha sido muito bem sucedido. - Ela estava lendo um livro, perguntei sobre o que era e não entendi uma só palavra do que ela disse... Embora tenha achado que ela também estava arquitetando um plano para falar comigo.
- Vocês anjos são tão estranhos... - Bufou a menina apoiando o queixo em uma das mãos. - Tenho uma ideia. Tente conhecer a família dela, sabe, se aproxima, consegue uma certa simpatia e tadaã! Ganhou o coração da garota.
- Ela mora com as irmãs. E trabalha com uma delas num antiquário. - Disse reflexivo.
- Por quê não faz uma visitinha, acho que ela não vai se importar de ver você de novo. Mas presta atenção. - Disse a menina levantando o dedo indicador. - Não faça aquela cara de tonto que não entende absolutamente nada que só você consegue fazer. Ela vai achar que você foi abduzido ou é alienígena. Elogie o que ela está vestindo, isso é um truque ótimo, ah sim, leve alguma coisa para ela tipo chocolate ou uma rosa vermelha, esse também não falha. Mas tente fazer o serviço direito. Entendeu?
-Acho que consigo fazer isso... - Respondeu o anjo se levantando. - Agora, vá dormir. - Disse com certa preocupação. Claire desceu do carro.
- Se der certo, você vai me dar um donut. - Disse a menina astutamente caminhando em direção ao hotel.
Castiel ficou observando até que ela entrasse no hotel. Assim que ouviu o clique da porta, resolveu deixar seu humano descansar, saindo de seu corpo e indo em direção à casa da irmã de Melinda.

Castiel pousou sobre o teto de uma casa um pouco distante da de Melinda, observando à distância tudo o que ela fazia. Assim que ela dirigiu-se ao quarto, o anjo já havia pousado no telhado da casa, meio que guardando o sono de sua amada, pensando sobre o que Claire havia lhe dito... Talvez ele pudesse entrar no antiquário e falar com Melinda, fazendo o serviço direito dessa vez... Sem deixá-la encabulada nem nada do gênero. O anjo não havia notado, mas os primeiros raios de sol já estavam saindo, dando início a um novo dia, algo que era de uma forma estúpida, confortador.
Melinda fora acordada com o despertador. Extremamente irritada, bateu no objeto, fazendo com que o bips parassem e, rapidamente se dirigiu ao banheiro. Era o dia em que ela venderia aquela maldita vitrola irritante, e se não o fizesse, Paige soltaria os cachorros em cima dela e sua próxima carreira profissional seria ficar observando o céu à procura de OVNI's junto com Phoebe. Tirou os pensamentos deprimentes de sua cabeça e descera as escadas. Paige estava um pouco irritada (ou melhor, estava mais irritada que o normal), pois o comprador que finalmente a livraria daquela vitrola, desistira de uma hora para a outra. Melinda suspirava enquanto dirigia, sua irmã não lhe dissera nem bom dia e já estava dizendo um monte de palavrões, amaldiçoando o ex-comprador. Durante as três primerias horas de trabalho, Melinda simplesmente achara um jeito de desligar a voz da irmã de sua mente, deixando apenas a voz suave e reconfortante daquele homem que conhecera no parque, Castiel. De uma forma estranha, ela sentia falta dele, como se fosse alguém que ela conhecesse a milhões de anos e só se desse conta disso agora.
- Bom dia. - Disse uma voz que subitamente tirou Melinda de seu transe.
Lá estava ele. Com um sorriso amigável, os encantadores olhos azuis fitando-a com interesse. Melinda sorriu, corando um pouco. - Olá. - Disse com certa timidez.
- Que coincidência... - Castiel disse com um sorriso angelical. - Não sabia que trabalhava aqui.
- Não faz muito tempo, então, o que você gostaria de ver? - Perguntou sorrindo como uma criança que acabara de ganhar seu presente de Natal antecipado.
- Se importaria de sair comigo? - Perguntou Castiel enquanto observava os objetos. - Só se quiser, é claro.
Melinda corou. - Ah...eu...ah...adoraria. - Gaguejou envergonhada. Sentia-se como uma adolescente que acabara de conhecer um lindo garoto. - Paige, se importa de eu ir almoçar?
A irmã de Melinda levantou o rosto. Seu queixo caiu ao ver o acompanhante-comprador que estava ao lado de sua irmã. - Ah...Claro, pode ir. - Disse abrindo um largo sorriso.

Assim que saíram do antiquário, Melinda e Castiel ficaram calados, sem saber o que dizer um ao outro. Resolveram andar até o parque onde haviam se conhecido. Castiel sentia o coração do humano dando cambalhotas no peito, enquanto Melinda brincava nervosamente com uma moeda que pertencia a seu finado marido. Até que resolvera tomar coragem e começar uma espécie de interrogatório.
- Então, de onde você é? - Perguntou passando a moeda dourada entre os dedos agilmente.
Castiel pensou um pouco, à procura de um lugar. - Sou de Ontário. - Respodeu pensando em uma pergunta para ela. - E você?
- Boston. - Disse e relatou toda a história de seu marido que morrera no vôo 627 e que ninguém sabia a razão do acidente. Segundo ela, o FBI havia coberto muito bem o caso da imprensa, então não se sabia muito sobre nada.
Castiel a ouvia, absorvendo cada palavra, guardando o tom da voz dela, suas expressões e reações em sua mente. Considerou muito constrangedor sempre ter que desviar de assuntos que envloviam seu trabalho e sua família. Notando isso, Melinda decidiu não perguntar mais. Decidiu então, tentar se aproximar dele, tocando de leve sua mão.
O anjo sentia o lugar onde ela havia tocado ferver... Seu humano havia notado isso também, e o coração dele estava quase saindo de seu peito. Num momento, Melinda aproximou seu rosto do dele, tocando de leve seus lábios. Imediatamente, a moça se afastou.
- Me desculpe. - Disse envergonhada, segurando somente a mão dele.
- Não se desculpe. Foi muito rude de minha parte. - Castiel disse aproximando seu rosto do dela, no que foi recebido muito bem. O anjo a envolveu num abraço não muito apertado, fazendo com que Melinda se sentisse flutuando.
Depois do longo beijo, os dois saíram do parque de mãos dadas, como um casal, e agora, estavam muito mais comunicativos um com o outro. Assim que chegaram no antiquário, Melinda o beijou novamente.
- Posso pedir uma coisa? - Perguntou Melinda lhe dando um abraço.
-Claro. - Respondeu Castiel com um sorriso que fez Melinda perder a linha de pensamento.
- Prometa que não vai sumir.
Castiel relfetiu por um segundo, tirando uma rosa vermelha do bolso de seu sobretudo. - Eu prometo. - Disse beijando a testa dela e indo em direção à avenida. Melinda sorria na porta do antiquário, segurando a linda rosa que ele lhe dera. Sua irmã havia notado isso e fez com que ela lhe contasse tudo.

Castiel se transportou até o hotel onde estavam seus protegidos. Claire o esperava.
- E então? - Perguntou com um sorriso triunfante ao ver a expressão no rosto dele.
- É. Você tinha razão, dar rosas é realmente a melhor coisa que existe. - Disse tirando outro sorriso da menina.
-Legal. Então, parabéns pela sua conquista meu chapa. - Disse sorridente. - Agora os assuntos importantes. Você vai me pagar um donut.
O anjo suspirou, revirando os olhos, mas concordou com a menina. Castiel olhou para o céu azul com algumas nuvens de aparência fofa. Seus pensamentos foram imediatamente para Melinda e os dela, para ele e, por um momento, eles ficaram unidos pela consciência. Um laço tão forte que os envolveu em devaneios. Eu amo você. Pensaram ao mesmo tempo. Melinda sabia que aquilo era quase humanamente impossível, mas tinha acontecido.

Um comentário:

  1. Mesmo os anjos projetam ilusões... e ilusões como os humanos, mas com uma pureza maior, despida de outras intenções que não seja o amor pleno (Ágape).

    Se a moça pudesse perceber que ele é um anjo, será que desejaria morrer para estar ao seu lado, livre da carga pesada deste mundo?

    Algo a se pensar.

    May, você é ótima. =D


    Elaine .Z:

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