Mais uma parte da fic dedicada a Jill. E hoje é um dia especial para a garota. Parabéns amiga!
Sam estava apreensivo. O FBI havia encontrado o lugar onde a criatura se escondia, mas ela não estava em lugar nenhum dali. Considerou que a criatura teria voltado a ser humana ou tinha sido capturada por alguém. O lugar onde o lobisomem ficava não era nada acolhedor, tinha sangue seco nas paredes e um cheiro terrível de coisa morta. Alguns objetos das vítimas estavam espalhados pelo chão. Jill mordia o lábio enquanto examinava cuidadosamente o local, procurando pistas de onde a criatura estava, quando encontrou uma carteira escondida em algumas pedras, quase invisível.
Com muito cuidado, Jill retirou a carteira do meio das pedras, abrindo-a rapidamente, na esperança de encotrar a identidade de alguma das vítimas. O nome Eric Levine estava em uma carteira de motorista.
- Onde encontrou isso? - Sam perguntou observando a descoberta da agente.
- Bem ali. - Disse apontando o monte de pedras. - Acho que esse é o lobisomem.
-Por quê? - Perguntou um rapaz da perícia.
- Não tivemos mais nenhuma vítima desde o casal. Só pode ser ele. - Ela disse veemente, fitando o rapaz.
- Vou levar isso para o laboratório. - Ela disse tirando as luvas. - Você vem comigo. Não quero perdê-lo de vista. -Disse puxando Sam pela manga da blusa.
Jill dirigia rapidamente pela longa estrada enquanto Sam trocava mensagens de texto com a irmã mais nova. A agente olhou de lado, lendo o que ele havia escrito.
- Mandando mensagens para a irmã? - Perguntou.
- Sim. Ela disse que a minha namorada foi para o Colorado visitar os tios e que estava quase ligando para a polícia para me procurar. - Disse Sam guardando o celular no bolso.
- O que faz da vida, Sam? - Jill perguntou.
- Agora eu estou na faculdade. Vou fazer Direito. - Respondeu.
- Hum... - Fungou Jill mal prestando atenção. - Chegamos. Venha, não quero ter que sumir com o seu corpo se você morrer. - Disse com malícia saindo do carro.
Sam a seguiu, notando que estavam em uma lan house. O lugar era bem escuro, com várias máquinas ocupadas. Alguns faziam pesquisas enquanto outros jogavam Counter Striker multiplayer.
- Peter. - Jill disse colocando os braços no balcão.
Havia um rapaz, que virou-se imediatamente quando Jill chamou. Era alto, cabelo castanho claro, olhos azuis, barba por fazer. Usava um suéter azul claro com calça jeans e coturno.
- Olha, a boa filha a casa torna. O que posso fazer por você? - Perguntou o rapaz com um de ironia.
- Quero que procure esse cara pra mim. - Disse empurrando a carteira de motorista de Eric Levine para perto do rapaz.
-Hum... Olha, por que não fala com a especialista no assunto? Conheço uma garota que quebra qualquer tipo de código, é incrível. Me salvou várias vezes. - Disse Peter.
- Chame-a. - Disse Jill com um sorriso amarelo.
- Ok... Espera aí. - Falou Peter digitando algo como "Preciso da sua ajuda agora.", esperou alguns minutos e esbosçou um sorriso. - Ela disse que ajuda você, Jill.
- Peça a ela que procure por Eric Levine em uma escola de direção. - Disse a agente observando enquanto Peter digitava o que ela havia dito. Peter cruzou os braços e deu um giro com a cadeira, enquanto esperava por seu contato. - Então, o que aconteceu com aqueles super computadores do FBI?
- Não quero ele (e apontou para Sam) vendo os segredos do FBI. - A agente disse impaciente.
Peter riu. - Não quer que ele descubra que o FBI e a maior empresa de biotecnologia do mundo financiam experiências com alienígenas? Ah, e para fazer híbridos de humanos e aliens? - Zombou e virou-se para o computador, digitando algumas coisas e apertando o botão de imprimir. - Tá na mão. Segundo ela, o seu suspeito é ou era um motorista de moto de trinta e quatro anos, casado, com dois filhos que um dia foi fazer uma entrga em um lugar e nunca mais voltou. Isso a uns dois meses.
-Onde ele foi fazer a entrega? - Jill perguntou.
- Em um escritório de advocacia aqui em Boston. O nome e o endereço estão aí na folha com as informações. E foi um prazer ajudá-la, Jill. - Peter disse com um tom sedutor, que foi respondido com repulsa pela agente, que saiu da lan house seguida por Sam.
Na rua, a agente e o rapaz andavam lado a lado. Enquanto Jill lia a folha várias vezes, Sam procurava pelo endereço da agência, quando teve uma ideia. Pegou seu celular e mandou um torpedo para a irmã com o endereço.
-Não faz sentido... - Bufou a agente. - O suspeito não tem nada de especial, nem uma prisão nem mesmo multas de trânsito. Ele está 100% limpo.
- Talvez ele só estivesse no lugar errado, na hora errada. - Sugeriu o rapaz quando recebeu a resposta da irmã, que aparentemente, estava tendo certa dificuldade em manter Jessica em Colorado. Sam riu, vendo que ela havia lhe mandado um mapa e algumas informações da agência de advocacia. - Esse não foi o primeiro desaparecimento nessa agência. - Disse.
- Como é? - Perguntou a agente.
- Houveram dois desaparecimentos no ano passado. Dois homens que um dia foram lá e nunca mais voltaram. Não houve nenhum tipo de ataque de lobo no ano passado certo? - Perguntou Sam. Jill assentiu. - Talvez os dois homens foram expostos ao vírus da licantropia, só que, com as modificações genéticas, eles provavelmente não sobreviveram.
- Deixa eu ver se entendi. Esse escritório faz experiências em homens, injetando neles esse vírus do lobisomem. Mas qual seria o propósito? - Perguntou intrigada.
- Por que os cientistas fazem experiências, agente Valentine? - Sam perguntou. - Para descobrir como tudo funciona. Esse vírus da licantropia não é fácil de encontrar, alguém muito influente entregou esse vírus para o dono do escritório para que ele fizesse experiências, e assim que ele tivesse um lobisomem perfeito, entregaria para eles. Só que eu acredito que esse lobisomem escapou da agência.
- E como o matamos? - Perguntou Jill ficando de frente para ele.
- Não sei. Se eles mudaram o lobisomem geneticamente, provavelmente o deixaram mais forte e sem os pontos fracos tradicionais. Não tenho a menor ideia de como matá-lo. - O rapaz disse olhando nos olhos dela. Sam tinha uma sensação estranha quando ficava perto da agente, algo que ele identificara como paixão.
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