sábado, 25 de julho de 2009

Quem tem medo do ponteiro?

Observações: Segunda parte da fic "Quem tem medo do ponteiro?", dedicada a Jill. Ela ainda não me disse uma palavra, mas vamos indo...

Assim que chegara da festa da faculdade, Sam esperou que sua namorada Jessica caísse no sono para que ele pudesse ligar seu computador, para poder falar pelo messenger com seu contato via webcam.
- Oi, e aí? - Disse quando viu o rosto zombador da irmã.
- Uau, o que se passa, me ligou parecendo uma criança de quatro anos agora a pouco pedindo para me ver... O que aconteceu? - Perguntou com um sorriso irônico.
- Quero a sua ajuda.
Claire ergueu a sobrancelha. - Para...
- É meio complicado. Eu preciso que você despiste a minha namorada, porque eu estou indo para Boston, resolver uma coisa...- Disse Sam em um tom levemente inseguro, fazendo com que Claire coçasse o queixo com o polegar.
- Como eu faria isso? - Perguntou apoiando o queixo em uma das mãos.
- Bem... Mande um e-mail para ela. Diga que o tio Eric lá do Colorado está doente e a tia Elaine está muito preocupada com ele, porque ninguém vai visitá-lo. Consegue fazer isso? - Sam perguntou, observando a expressão pensativa da irmã.
- Consigo. Mas preciso de algum parente que more lá e que tenha pelo menos um e-mail que é acessado com uma certa frequência, ah e que se corresponda com a sua namorada. - Disse.
- A Jess tem uma prima que mora em Wyoming, a Amy. Elas se correspondem algumas vezes. A Amy tem contato com o tio Eric. O e-mail dela eu vou te mandar por torpedo, só para não levantar muitas suspeitas... - Sam disse pegando seu celular, apertando alguns números e depois enviando para Claire. - Então, onde vocês estão?
- Arizona, resolvendo um caso de vampiros e uma espécie de seita que os considera como se fossem deuses, toda aquela porcaria. Dean está se dando muito bem, conheceu uma garota da seita, uma tal de Nuala, ou sei lá o que, ele está com ela agora. Diz ele que está conversando com ela sobre a seita, mas olha a minha cara de quem acredita...- Disse apontando o dedo para o próprio rosto, uma expressão de riso e ironia estavam estampadas. - O papai está no ninho dos vampiros. Segundo as informações que ele me passou, esses vampiros são diferentes dos outros, são muito mais rápidos, mais fortes e difíceis de matar. Parece que alguém anda se divertindo muito... - Ela disse.
- O que quer dizer? - Perguntou Sam intrigado.
- Que essa não é a primeira vez que encontramos uma espécie melhorada. Semana passada, encontramos um lobisomem em um lugar de Vancouver, só para você ter uma ideia, esse lobisomem não tinha o menor senso de tempo. Ele se transformava por mudanças de humor, e não por ciclos lunares. Ou seja, ele podia se transformar em lobisomem a qualquer hora do dia, quando ele bem entendesse. - Disse.
- Bem, como o mataram, bala de prata no meio do peito? - Sam perguntou olhando para o quarto onde Jessica dormia.
- O desgraçado fugiu. Ah, e as balas de prata não fizeram nem cosquinhas nele, e sabe qual o melhor de tudo? - Perguntou a menina.
- O quê?
- O lobisomem Lessie cretino fez com que eu quebrasse o pulso. Ah, e me atirou contra uma árvore. Mas, eu estou bem. Trancada em um hotel, sem grana para comprar uma pizza e eu estou morrendo de fome. - E mostrou o pulso que tinha quebrado.
- Bem, acho que sei para onde o seu lobisomem foi. Para Boston. Ele matou um pobre coitado no meio de uma avenida. - Disse Sam. - Se eu tiver sorte, prometo que acabo com ele.
- Boa sorte. Vou mandar o e-mail da prima Amy. Tadaã. Sabe qual a melhor coisa dos e-mails? - Perguntou.
Sam balançou a cabeça negativamente.
- É tão simples conseguir uma senha. Você só precisa mandar um e-mail 99% verdadeiro, pedindo uma confirmação de outro endereço eletrônico e pedir disfarçadamente que a pessoa digite o e-mail e a senha novamente. Claro que existem os asterísticos, que uma pessoa que tenha facilidade com esse tipo de linguagem, pode quebrar com certa facilidade. Depois que descobrir o e-mail, é só colocar a frase esqueci a minha senha que eles a fornecem e você está salvo. - Disse a menina orgulhosa.
- Nem vou perguntar onde você aprendeu isso... - Sam disse. - Se tentar invadir meu e-mail, eu acabo com a sua raça, baixinha.
-Ha ha. Estou rachando de tanto rir. - Disse com uma expressão sarcástica. - Olha, esse é o e-mail que eu mandei. Oi Jess, como vai? Espero que esteja bem. Olha, a tia Elaine me ligou e disse que o tio Eric está muito doente, precisando da família e tudo mais. Seria bom que você fosse vê-lo. Beijos, Amy. E aí, consigo convencer? - Perguntou com um sorriso astuto.
- Por isso você é a minha irmã favorita. E puxou a mim na inteligência. - Disse orgulhoso.
- Coitada de mim se tivesse puxado para você... Cara que fome... Será que não deixaram nem umas moedinhas para eu comprar algum doce... - Perguntou a menina desanimada.
- Papai deve ter deixado um cartão e alguns trocados, olha perto da cama dele. - Sam disse ignorando a indireta.
- Pera aí... - Disse saindo de perto da câmera. Andou até uma das camas vazias, abrindo as gavetas de um criado-mudo que ficava entre as camas, quando sentiu algumas moedas bem escondidas no fundo da gaveta. Havia encontrado seu Santo Graal, pensou dando um largo sorriso, voltando para frente do computador. - Eu amo ele...
Sam revirou os olhos, viu a irmã sair novamente da frente do pc. Resolveu jogar pinball enquanto a esperava, quando ouviu seu telefone tocar. Intrigado, atendeu.

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