sábado, 25 de julho de 2009

Quem tem medo do ponteiro?

Obs: Continuação ;)

Eram cinco horas da manhã em ponto quando Sam se levantou, fazendo o máximo de silêncio que conseguia, arrumou a mochila, trocou de roupa, foi ao banheiro e passou rapidamente pela cozinha, pegando uma barra de cereais. Antes de ir, deixou um bilhete para que Jess não ficasse paranoica, escreveu apenas volto logo, problema de família. Estava de bom tamanho, pensou indo até o aeroporto, pegando o primeiro voo para Boston que tinha encontrado. Enquando estava sentado em uma das poltronas do avião, pensava o que sua família estaria fazendo naquele momento. Papai provavelmente não voltaria tão cedo, pois estaria extremamente ocupado arrancando cabeças de vampiros. Dean provavelmente estaria voltando para o hotel, mas por um breve tempo, iria só para checar se Claire estava bem, a pedido do pai, é claro, pensou dando um sorriso imperceptível. Claire provavelmente estaria assistindo a televisão e passeando pelo myspace e facebook que tinha feito a um certo tempo.
Quando finalmente pousara em Boston, decidiu ir até a sede do FBI em que a tal agente trabalhava. Com sua cara de bom moço, as pessoas lhe davam a informação prontamente, pensando que o rapaz fosse policial ou algo assim. O prédio era bem no centro de Boston, incrivelmente alto e com várias janelas pequenas, todas com uma luz quase imperceptível. Decidu entrar e perguntar gentilmente onde estaria a agente Valentine.
A moça que estava na recepção, nem notara sua presença, parecia muito ocupada com o computador. - Com licença, onde posso encontrar a Agente Valentine? - Perguntou docemente, fazendo com que a moça parasse o que estava fazendo.
- Ela está lá em cima. Quando chegar no escritório, chame pelo Willie que ele irá dizer onde ela está. - Disse um olhar de cobiça.
Sam assentiu e subiu as escadas rapidamente. O lugar onde chegara era idêntico, ou se não igual ao do prédio de FBI do Arquivo X, só que com cores diferentes e pessoas muito diferentes. Sam procurava por um empregado que não estivesse muito ocupado, quando encontrou um rapaz moreno de cabeça raspada, que lia uns documentos em sua mesa organizada.
- Por favor, estou procurando Willie, sabe onde ele está? - Sam perguntou educadamente.
O rapaz não respondeu, apenas apontou para a mesa que estava um pouco distante da sua, onde um agente de uns trinta e poucos anos falava ao telefone. - Obrigado. - Sam respondeu indo em direção ao agente. - Ah...Agente Willie?
O homem não tirou o fone da orelha, apenas fez um gesto com a cabeça. Sam ficou esperando que o agente terminasse de falar ao telefone e resolveu observar ao redor. O agente desligou o telefone e encarou-o. - Sim?
- Ah... Estou procurando a Agente Valentine, sabe onde posso encontrá-la? - Perguntou.
- É, sei sim, mas quem seria você? - Perguntou o agente desconfiado.
- Sou Sam, ela me ligou dizendo que queria falar comigo... - Disse.
- Espera aqui. - Willie disse rudemente, indo em direção a uma sala longe das mesas. Sam sentiu o telefone vibrar em seu bolso, respirou aliviado quando viu o visor: era um torpedo de sua irmã, perguntando se ele já estava em Boston e tinha chutado o vira lata que a fizera quebrar o pulso. Ele riu, respondendo rapidamente e colocando o celular novamente em seu bolso.
- Hey garoto! - Ouviu o agente Willie gritar. O homem fez um gesto rápido com uma das mãos e voltou para a sala. Sam passou rapidamente pelas mesas, trombando com uma agente, que estava amaldiçoando alguma coisa que ele desconhecia. Chegando na sala, vira o agente Willie conversando com uma mulher muito bonita. Alta, esguia, cabelos loiros longos, um ar autoritário, cansados olhos castanhos escuros. Usava um conjunto preto muito discreto.
- Ah, finalmente. Willie, pode me dar licença... - Pediu a mulher com educação. O agente Willie saiu apressado da sala, fechando a porta atrás de si. - Então, que bom que está aqui. Sou a agente Jill Valentine. - Disse estendendo-lhe a mão. Sam apertou a mão dela mal acreditando em seus olhos. - O chamei, Sr. Winchester, por que necessito de sua ajuda. - Disse sentando em uma cadeira, colocando as mãos em cima da mesa. - Sente-se, por favor.
Sam sentou em uma cadeira de frente para ela, pensando em como ela era bela, tinha um jeito de ser autoritária até durante o sono, mas era muito bonita. - A senhorita me disse que o coração da primeira vítima havia sumido, certo? E o coração da segunda vítima?
- Foi uma carnificia, se quer saber. Aqui, tenho algumas fotos do que conseguimos recuperar da segunda vítima. A sorte foi termos encontrado um dedo, senão estaríamos sem nenhum nome. - Disse-lhe empurrando um envelope branco.. Sam puxou o envelope e agradeceu por não ter comido nada no avião. Na foto, haviam pedaços destroçados do corpo da moça, algumas partes nem eram mais possíveis saber o que eram. Havia um dedo mindinho do lado esquerdo da foto. - Tem alguma ideia do que tenha feito isso? - Disse colocando a foto dentro do envelope, entregando de volta para a agente.
- Não. Os peritos encontraram pêlos de lobo na cena do crime, mas não tem o menor sentido. Também encotraram marcas de rastros, um único par de patas foi identificado. Por isso eu o chamei, Sr. Winchester, para que descubra o que é.
- Bem...Acredito que isso seja um lobisomem.
- Tipo lobisomem de "Um lobisomem americano em Londres" ou "Van Helsing"? - Perguntou a agente.
- Olha, talvez seja. Não tenho certeza. Houveram ataques em outros lugares? - Perguntou Sam.
- Houve um ataque em Vancouver, mas não encontraram nada, nem os corpos. - Respondeu Jill. - Se encotrar essa criatura o que vai fazer, atirar nele com uma bala de prata? - Perguntou a agente sarcástica.
- Bem, se fosse um lobisomem normal, eu até faria isso, mas acho que é diferente. - Respondeu Sam ignorando a ironia da agente.
- Diferente como?
- Lobisomens normalmente mudam na lua cheia. Esse lobisomem ele muda conforme seu humor. Por acaso encontrou alguma conexão entre as vítimas? - Sam perguntou.
Jill levou a mão até o queixo. - O rapaz estudava em Stanford; a moça era tatuadora. Consegue ver alguma ligação?
- Por acaso as vítimas tinham alguma coisa em comum, tipo, um parente ou algo do tipo?
- Para ser honesta, eles eram namorados. - Disse a agente.
- Acha que a garota pode ter algum namorado ciumento ou alguém que tinha ciúmes dela e do namorado?
- Os dois eram bem sociáveis. Não tinham inimigos nem nada. - Jill disse quando a porta foi aberta com certa violência.
Um homem negro, alto com uma cara de mal colocou a cabeça para dentro. - Agente Valentine, localizamos a criatura.
Sam arregalou os olhos. Jill ficou boquiaberta. - Como fizeram isso? - Ela perguntou.
- Uma das vítimas tinha um GPS no celular, rastreamos. Está em um parque fechado não muito longe daqui. Vamos imediatamente. Já reuni a equipe para seu auxílio. - Disse o homem saindo da sala rapidamente.
- Vou precisar de você. - Disse Jill se levantando. - Aqui, coloque isso. - Disse colocando um crachá no pescoço do rapaz, que olhou intrigado.
- Fez uma identificação para mim? - Perguntou vendo seu nome em letras médias.
- Nunca se sabe quando vou precisar de um lunático caçador de monstros. - Respondeu Jill irônica, fechando a porta quando Sam passou por ela.
Sam e a agente seguiram a equipe de auxílio até um dos carros. Partiram quase imediatamente, indo em direção à floresta.

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